A produção de soja na safra 2011/12 está estimada em 71,75 milhões de toneladas, resultado 4,7% (3,57 milhões de toneladas) inferior à produção da safra anterior, quando foram colhidas 75 32 milhões de toneladas. De acordo com o quarto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje, a área de plantio está definida em praticamente todos os Estados, faltando apenas Roraima, localizado no Hemisfério Norte, com o plantio realizado nos meses de abril e maio. A área com soja está projetada em 24,63 milhões de toneladas, 1,9% (453,7 mil hectares) superior à cultivada na safra anterior.
Segundo a estatal, o desenvolvimento das lavouras na região Centro-Sul passa por situações distintas. Na região Sul, especificamente no Estado do Rio Grande do Sul, a partir de meados de novembro passado, as condições climáticas desfavoráveis, como chuvas escassas e temperaturas elevadas, prejudicam o desenvolvimento da cultura, diminuindo o porte das plantas, justificando "a redução de 15,6% prevista na produtividade em relação à safra passada". Para o Estado do Paraná, estima-se uma quebra de 10,7% e de 7,7% em Santa Catarina.
Na região Norte-Nordeste, a região de maior produção denominada de Matopiba (sul do Maranhão, sul do Piauí, Tocantins e oeste da Bahia), predomina a fase de desenvolvimento vegetativo e as condições climáticas, até o momento, estão beneficiando as lavouras, informa a Conab.
Clima
As condições climáticas foram desfavoráveis às lavouras em dezembro, principalmente para as culturas de milho e de soja, "sobretudo nos Estados da Região Sul, parte da Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul", informam os técnicos da Conab. De acordo com a estatal, a gravidade climática de falta de chuvas prejudica em especial as lavouras de milho no Rio Grande do Sul, "uma vez que se encontram predominantemente nas fases críticas de floração e frutificação", explicam os técnicos.
A soja, que em sua maioria se encontra na fase final de desenvolvimento vegetativo, também é motivo de preocupação. "A normalidade climática é fundamental para as fases seguintes, de floração e de frutificação", comentam. Segundo a Conab, os reflexos decorrentes desta situação climática adversa serão apuradas no próximo levantamento de campo, programado para a segunda quinzena deste mês.