O início da temporada de balanços nos Estados Unidos não causa grandes impactos nos mercados. A Alcoa, que foi a empresa que deu a largada ontem à noite, mostrou prejuízo líquido acima do esperado. Porém, excluindo itens extraordinários, o dado ficou em linha com o previsto e isso foi suficiente para acalmar os analistas. Às 10h25, o dólar comercial recuava 1,41%, cotado a R$ 1,812.
Apesar de anunciar um resultado sem motivos para comemorações, a Alcoa previu forte melhora do seu desempenho em 2012 e os investidores viram espaço para sustentar as apostas de que as companhias americanas se sairão bem em 2012. Isso soma-se um dado melhor do que esperado nas exportações chinesas e sustenta os índices futuros das bolsas de Nova York em alta. Até porque, a China mostrou também importações vigorosas de metais - cobre foi um recorde -, o que tende a impulsionar as commodities, as bolsas e as moedas de risco.
No Brasil, o mercado de câmbio continua sendo influenciado pela trajetória externa, mas de olho no fluxo. O ano começou com uma captação soberana seguida de duas operações privadas que somaram US$ 1,750 bilhão e os operadores acreditam que os recursos estão entrando aos poucos. Além disso, como é início de ano, época em que os gestores de recursos internacionais e domésticos redirecionam o dinheiro dos fundos e o Brasil continua em destaque, as expectativas são de fluxo financeiro positivo. A conferir.