O déficit público das 17 regiões autônomas espanholas alcançou 2,7% do PIB ao final de 2011, mais que o dobro da meta de 1,3% fixada pelo governo, anunciou nesta terça-feira o presidente do governo conservador, Mariano Rajoy.
Rajoy acusou as regiões de autônomas de serem as grandes vilãs no combate ao déficit do país. Os governos autônomos, fortemente endividados desde o início da bolha imobiliária em 2008, foram responsáveis por 15 dos 20 bilhões de euros a mais apresentados em relação à meta do déficit público do país, disse Rajoy em uma entrevista exclusiva à agência EFE.
Para não agravar a situação das contas públicas, Rajoy descartou a possibilidade de criar um "banco ruim" sob responsabilidade do Estado, no qual se reagrupariam os ativos imobiliários tóxicos dos bancos espanhois.
Contudo, o governo pretende apresentar, antes do dia 15 de fevereiro, um plano de reestruturação do setor financeiro que incluirá novas fusões. O governo de Rajoy, que pretende reduzir o déficit público espanhol para 4,4% do PIB em 2012, já anunciou cortes orçamentários de 8,900 bilhões de euros, altas de impostos por 6,300 bilhões de euros e um plano antifraude fiscal graças ao qual espera obter cerca de 8,200 bilhões de euros a mais.