O crescimento econômico da China provavelmente se desacelerou no quarto trimestre de 2011, o que pode dar ao governo chinês mais razões para afrouxar a política monetária, embora analistas afirmem que a economia dificilmente terá um enfraquecimento brusco. Os dados oficiais estão previstos para serem divulgados na terça-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país provavelmente cresceu 8,6% nos três últimos meses do ano passado, em comparação com o mesmo período de 2010, abaixo da expansão de 9,1% registrada no terceiro trimestre e de 9,5% no segundo trimestre, segundo a mediana das estimativas de 12 economistas ouvidos pela Dow Jones. Em todo o ano passado, o PIB deve ter crescido 9,2%, abaixo da expansão de 10,4% registrada em 2010.
O enfraquecimento das exportações em meio à queda da demanda global e o esfriamento do mercado imobiliário doméstico deverão continuar limitando a expansão chinesa. "O acúmulo de evidências de
De todo modo, os economistas consultados não se mostraram alarmados com a perspectiva de desaceleração na China, que eles afirmam ainda estar dentro dos parâmetros de um "pouso suave" (soft landing) para a economia do país. "No geral, nós acreditamos que a China já iniciou um afrouxamento. Mas, como a macroeconomia ainda não está mostrando sinais de problemas graves, isso será um processo gradual e dependerá dos indicadores", comentaram Stephen Green e Li Wei, economistas do Standard Chartered.
Outro indicador previsto para terça-feira também deverá apontar uma desaceleração econômica na China, segundo economistas. A produção industrial de dezembro provavelmente subiu 12,2% em relação ao mesmo mês de 2010, abaixo da alta anual de 12,4% registrada em novembro. Os investimentos em ativos fixos em áreas não rurais - uma medida da atividade de construção - provavelmente subiu 24% no período de janeiro a dezembro, abaixo do avanço de 24,5% entre janeiro e novembro.