Estatal árabe elevará capacidade de refino de petróleo a 8 milhões de bpd

A gigante estatal Saudi Arabian Oil Co. (Saudi Aramco) vai aumentar sua capacidade de refino de petróleo para 8 milhões de barris por dia (bpd) na próxima década por meio da expansão de suas atividade na Arábia Saudita e em outros países, de acordo com seu executivo-chefe, Khalid al-Falih. "A Saudi Aramco está dando testemunho de nossa firme crença de que a atividade de refino continua um negócio atrativo e rentável", afirmou hoje o executivo.

"Na próxima década nossa capacidade global de refino deverá se aproximar de 8 milhões de barris por dia, resultado da maior expansão entre as petroleiras do mundo", afirmou. Al-Falih não revelou qual a capacidade atual de refino da companhia. Mas de acordo com dados da empresa relativos a 2010, supera 4 milhões de bpd.

A Saudi Aramco é uma das maiores companhias de petróleo e gás do mundo, com atividades no segmentos de produção, refino, distribuição, embarque e comercialização, de acordo com informações disponíveis na página da empresa na internet.

Hoje, a Aramco assinou acordo com a China Petrochemical Corp. (Sinopec Group) para desenvolver uma refinaria com capacidade para processar 400 mil bpd em Yanbu, costa saudita no Mar Vermelho. Al-Falih disse que o projeto custará US$ 8,5 bilhões, caso os recursos necessários venham do caixa dos dois parceiros. Se forem custeados por meio de empréstimos, o valor deve subir para US$ 10 bilhões.

O Sinopec Group vai deter participação de 37,5% no projeto, nomeado Yasref, enquanto a Saudi Aramco ficará com os 62,5% restantes. A operação da refinaria começa em 2014. A norte-americana ConocoPhillips saiu do projeto Yanbu em 2011 após decidir reduzir suas atividades de refino e comercialização.

O acordo Aramco-Sinopec marca o mais recente esforço entre China e Arábia Saudita para estreitar seu relacionamento na área de energia. No ano passado, a Aramco concordou em fornecer óleo bruto para uma nova refinaria no sudoeste da China, da PetroChina Co., num movimento que ajudará a fortalecer a posição da Arábia Saudita como maior fornecedor de petróleo bruto para a China.