A perda do rating de crédito AAA pela França na sexta-feira tornou as reformas para tornar o país mais competitivo "mais relevantes do que nunca", mas não terá efeitos imediatos para a população francesa, informou no domingo o primeiro-ministro francês, François Fillon, em uma entrevista ao Le Journal du Dimanche.
Na quarta-feira, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, se reunirá com sindicatos e conselhos de trabalhadores no Palácio do Eliseu, em Paris, para discutir sobre emprego e o mercado de trabalho francês, enquanto o governo se esforça para combater o alto nível desemprego, faltando pouco mais de três meses para as eleições presidenciais.
Sobre um possível aumento dos impostos de valor agregado, Fillon disse: "A reforma prevista não se destina ao reabastecimento dos cofres do Estado. Trata-se de reduzir o custo do trabalho e achar um novo modo de financiar o sistema de seguridade social."
Com menos de quatro meses para a corrida presidencial e com pouco espaço para estímulo fiscal, Sarkozy planeja uma reforma de como o sistema de seguridade social de amplo alcance da França é financiado, à medida que tenta tornar a economia mais competitiva e conter as perdas de postos de trabalho.
Fillon reiterou ainda que o rebaixamento do rating de crédito da França pela agência Standard & Poor's foi um "alerta" que não deve ser "dramatizado".