A argentina Ternium deve oficializar hoje o acordo de participação no bloco de controle da Usiminas. A empresa fechou em novembro a compra da participação na siderúrgica mineira por cerca de R$ 5 bilhões. A fatia foi adquirida da Camargo Corrêa e da Votorantim, que juntas tinham 26% das ações com direito a voto, e do fundo de empregados da Usiminas, que também vendeu parte dos seus papéis.
A lei das sociedades anônimas estabelece que para ter direito a uma cadeira é necessário ter 15% das ações ordinárias ou 10% das preferenciais. A nova composição acionária da Usiminas é formada pelo grupo japonês Nippon Steel, que segue sendo acionista majoritário, agora com 29,45% das ações ordinárias e o grupo ítalo-argentino Ternium/Tenaris, 27,66%.
O aumento da produção da Usiminas é prioridade do grupo argentino Techint, segundo Pedro Pablo Kuczynski, um dos diretores da Ternium, subsidiária do grupo. Em um seminário realizado pela consultoria Abeceb em dezembro, Kuczynski disse que os críticos da operação "não entendem" que a Techint está "introduzindo novos padrões de eficiência em uma empresa que não tinha condições de melhorar sua produtividade". Segundo ele, "teremos as minas do melhor minério de ferro que existe, se não consideramos as que são de propriedade da Vale".