A inflação de bens duráveis, como geladeiras, aumentará de importância no cálculo dos Índices de Preços ao Consumidor (IPCs). É o que mostrou nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar a atualização de ponderações dos itens componentes dos IPCs. A atualização entrará em vigor a partir de fevereiro deste ano.
Embora o grupo Habitação como um todo, dentro dos IPCs, venha a mostrar diminuição em sua participação nos indicadores, de 31 84% para 25,32%, haverá aumentos expressivos de pesos em itens componentes desta classe de despesa - uma das oito que serão usadas no cálculo dos índices. É o caso de móveis (de 0,81% para 1,41%), eletrodomésticos (de 0,74% para 1,44%) e equipamentos eletrônicos (de 1,38% para 2,29%).
A FGV informou ainda que o grupo Habitação também mostrará forte mudança na participação de despesa com empregado doméstico no orçamento familiar, cujo peso saltará de 1,77% para 2,77%.
Roupas
O aumento no consumo de roupas e de calçados pelo brasileiro ao longo da última década impulsionou o leve aumento de peso do grupo Vestuário (de 5,40% para 5,89%) dentro do cálculo dos IPCs.
Segundo a FGV, dentro do cálculo da inflação de Vestuário, o peso de roupas masculinas subirá de 1,27% para 1,35%; o de roupas femininas, de 1,58% para 1,73%; o de roupas infantis, de 0,59% para 0,67%. Já no setor calçadista, a participação de calçados femininos subiu de 0,53% para 0,68%; e a de calçados masculinos subiu de 0,53% para 0,54%. (Alessandra Saraiva)
Saúde
A ampliação de cobertura de serviços de saúde na última década impactou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que mostrará aumento de peso, de 10,36% para 11,43%, no IPCs.
Entre os destaques de itens que aumentarão de peso no cálculo da inflação de saúde a partir de fevereiro estão plano e seguro saúde (de 2,4% para 3,3%); medicamentos em geral (de 2,1% para 3 1%); hospitais e laboratórios (de 0,14% para 0,18%) e serviços de cuidados pessoais (de 0,83% para 1,21%).