As bolsas europeias abriram a segunda-feira em queda, mas reduziram suas perdas ao longo da primeira sessão após a redução de sexta-feira da nota creditícia de vários países da zona do euro pela agência Standard and Poor's, que já vinha sendo antecipada pelos mercados.
Alguns pregões chegaram inclusive a passar para o terreno positivo. Pela tarde, a Bolsa de Paris cedia 0,24%, Madri perdia 0,58%, Frankfurt recuava 0,05%. Já Londres e Milão subiam 0,06% e 0,03%, respectivamente.
As bolsas asiáticas, por sua vez, encerraram a segunda-feira em queda. A Bolsa de Tóquio perdeu 1,43%, Hong Kong recuou 1% e Xangai caiu 1,71%. Wall Street esteve fechado devido ao feriado de "Martin Luther King Day". Na sexta-feira, as bolsas mundiais resistiram às informações da imprensa sobre a decisão de SP's. Paris recuou apenas 0,11% e o Dow Jones de Nova York perdeu 0,39%.
Na sexta-feira, a SP's reduziu a nota de nove países da Eurozona, inclusive de França, Itália e Espanha - 2ª, 3ª e 4ª economias do bloco -, alegando que o plano anticrise desses países é insuficiente. França e Áustria perderam o precioso Triplo A, recuando suas notas em um escalão, para AA+. O castigo foi maior para Espanha, Itália e Portugal, que recuaram dois escalões.
A Comissão Europeia (CE) respondeu nesta segunda-feira à agência, dizendo que é errôneo rebaixar a nota de nove países da Eurozona sob a alegação de que o plano anticrise europeu só contempla medidas de austeridade e rigor fiscal e não aponta o estímulo ao crescimento. "A ideia de que só tomamos medidas em relação ao rigor fiscal é errônea", disse o porta-voz comunitário, Olivier Bailly, durante coletiva de imprensa.
A União Europeia, salvo a Grã-Bretanha, acordou em dezembro medidas para reforçar a união fiscal da Eurozona, entre elas incluir nas Constituições o princípio do equilíbrio orçamentário, com sanções automáticas para os países cujo déficit fiscal superar 3% de seu PIB.
Segundo o porta-voz, os líderes europeus também contemplam uma estratégia "baseada na consolidação e reformas estruturais". E principalmente as medidas para impulsionar o emprego e reativar o crescimento "foram colocadas em prática em estão dando resultados", disse. Nesse sentido, Bailly criticou a decisão da agência, dizendo que ela não levou em conta todos os fatores, como os recentes resultados das contas públicas dos países da Eurozona.