Depois de um período de fortes denúncias referentes à qualidade dos combustíveis vendidos em todo o país, atualmente o mercado enfrenta riscos de abastecimento, no entanto ainda são recorrentes os casos de problemas relacionados principalmente aos padrões da gasolina e do álcool. Dependendo da região, o índice de não conformidade da qualidade do produto, medido pela Agência Nacional de Petróleo NP, pode chegar a 15%, como no caso do óleo diesel vendido em Minas.
As regiões mais problemáticas são aquelas mais próximas às divisas com outros estados devido, entre outros, à forte concorrência com outros estados. Na Grande Belo Horizonte, por causa da atuação conjunta do Procon, ANP, Ipem-MG e outros órgãos fiscais, ocorreu forte redução dos casos de fraude em relação à qualidade.
Até meados da década passada, era comum a ocorrência de mistura excessiva de etanol à gasolina, por tornar o produto mais barato. O golpe tinha início ainda na distribuidora, mas, hoje, os casos são mais pontuais e ocorrem direto nos postos, segundo esses órgãos. Na década de 1990, o índice de qualidade apontava que um em cada cinco (20%) postos apresentavam problemas na gasolina, enquanto, no ano passado, essa porcentagem caiu para 1,14%, segundo a ANP. No caso do óleo diesel, esse índice é três vezes superior. Mas ainda assim são situações de menor poder ofensivo. “A qualidade de combustível vendido no Brasil vem melhorando ano após ano”, diz nota da ANP. (PRF)