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Estado de Minas

Diesel fora do padrão chega a 15% no estado


postado em 17/01/2012 06:00 / atualizado em 17/01/2012 06:42

No abastecimento de diesel, há casos em que o percentual de biodiesel é inferior ao determinado pelo governo federal, o que interfere na qualidade do produto(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 28/12/11)
No abastecimento de diesel, há casos em que o percentual de biodiesel é inferior ao determinado pelo governo federal, o que interfere na qualidade do produto (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 28/12/11)

 

Depois de um período de fortes denúncias referentes à qualidade dos combustíveis vendidos em todo o país, atualmente o mercado enfrenta riscos de abastecimento, no entanto ainda são recorrentes os casos de problemas relacionados principalmente aos padrões da gasolina e do álcool. Dependendo da região, o índice de não conformidade da qualidade do produto, medido pela Agência Nacional de Petróleo NP, pode chegar a 15%, como no caso do óleo diesel vendido em Minas.

São situações em que pode haver teor insuficiente de biodiesel no óleo diesel. De acordo com a legislação, é obrigatório que o combustível tenha 5% de biodiesel, mas, se ocorrer demora na venda do produto, pode ocorrer oxidação, diminuindo essa porcentagem, o que é considerado um problema menos grave para o veículo. Mas também há registros de mistura de água ao etanol, por exemplo. Para evitar problemas, o consumidor deve ficar atento ao posto em que usualmente abastece. Um indicativo de anormalidade pode ser o preço. Caso esteja muito abaixo do mercado, pode ser um forte indício de fraude. “Preço baixo não é sinônimo de fraude, mas pode ser um forte indicativo”, afirma o presidente do Minaspetro, Paulo Miranda.

As regiões mais problemáticas são aquelas mais próximas às divisas com outros estados devido, entre outros, à forte concorrência com outros estados. Na Grande Belo Horizonte, por causa da atuação conjunta do Procon, ANP, Ipem-MG e outros órgãos fiscais, ocorreu forte redução dos casos de fraude em relação à qualidade.

Até meados da década passada, era comum a ocorrência de mistura excessiva de etanol à gasolina, por tornar o produto mais barato. O golpe tinha início ainda na distribuidora, mas, hoje, os casos são mais pontuais e ocorrem direto nos postos, segundo esses órgãos. Na década de 1990, o índice de qualidade apontava que um em cada cinco (20%) postos apresentavam problemas na gasolina, enquanto, no ano passado, essa porcentagem caiu para 1,14%, segundo a ANP. No caso do óleo diesel, esse índice é três vezes superior. Mas ainda assim são situações de menor poder ofensivo. “A qualidade de combustível vendido no Brasil vem melhorando ano após ano”, diz nota da ANP. (PRF)


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