A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu com atraso hoje, após problemas técnicos terem sido registrados no Sistema Mega Bolsa. Por volta das 12h40 (horário de Brasília), logo após a abertura, o Ibovespa registrava 1,11%, aos 60.619,20 pontos. Ao que tudo indica, os 60 mil pontos devem, enfim, ser reconquistados pela Bovespa nesta terça-feira, quase seis meses depois de ter fechado nesse patamar pela última vez.
Os avanços vigorosos das bolsas no exterior e os ganhos robustos das commodities devem favorecer esse movimento, beneficiado por números surpreendentes da economia chinesa, pela confiança renovada na Alemanha e por resultados positivos de leilões europeus. Já os EUA voltam do fim de semana prolongado sem a intenção de estragar a festa.
"Tudo indica que vai ser hoje", avalia o analista técnico da Ágora Invest Daniel Marques. Ele ressalta, porém, que a sessão da Bolsa é extensa e o fator psicológico em torno dessa marca pode dificultar o fechamento acima dos 60 mil pontos. Ainda assim, o profissional ressalta que há vários sinais gráficos que apontam para o rompimento desse nível e, agora, "só falta cumprir o script".
Ao menos por hoje, os investidores se mostram animados desde as primeiras horas do dia, após uma rodada favorável de indicadores econômicos relevantes anunciados na China. O gigante emergente cresceu acima do esperado no quarto trimestre de 2011, em +8,9%, impulsionado por uma melhora da produção industrial em dezembro, que cresceu 12,8% no último mês do ano passado e também por uma aumento de 18,1% das vendas no varejo chinês no mesmo período. No acumulado de 2011, o PIB da China cresceu 9,2%.
E o humor dos mercados financeiros melhorou após a melhor do sentimento econômico na Alemanha, que atingiu o maior nível desde julho de 2011. Ainda por lá, a Espanha vendeu 4,88 bilhões de euros em papéis de 12 e de 18 meses, perto do teto da faixa pretendida, e pegou um yield significativamente mais baixo. Já a Grécia atraiu boa demanda para vender títulos de 13 semanas, com uma taxa de retorno ao investidor levemente menor.