O Novo Mercado de renda fixa deve ganhar a adesão de "mais uma ou duas empresas" até o final de março. No fim do ano passado, a Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) recebeu cinco empresas interessadas em emitir papéis seguindo as regras desse segmento, segundo José Doherty, superintendente de supervisão de mercados da entidade, em almoço com a imprensa hoje.
A Cemig foi a primeira a anunciar, em janeiro, uma emissão no Novo Mercado, com um R$ 1 bilhão em debêntures. A Anbima discute com o governo a criação de um fundo de liquidez para impulsionar o Novo Mercado. "Temos discutido como avançar esse fundo com Banco Central, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Ministério da Fazenda", disse o presidente de Anbima, Marcelo Giufrida.
Outra iniciativa da Anbima é criar um banco de dados com as operações e os preços de venda dos papéis. Segundo Giufrida, isso dará maior visibilidade, pois os investidores terão uma referência de como estão saindo as emissões.
A Anbima está conversando com a Cetip e a Selic, as depositários de títulos privados e públicos, e deve assinar um convênio em fevereiro para a construção desse banco de dados. O Novo Mercado de Renda Fixa foi criado em 2011 para estimular a liquidez do mercado de capitais e incentivar emissões para financiar os projetos de expansão das empresas.