O déficit comercial da indústria química brasileira alcançou US$ 26,5 bilhões em 2011, o maior patamar da história. O valor é 28 3% superior ao registrado no ano anterior e 14,2% maior do que o antigo recorde, de 2008, de US$ 23,2 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), divulgados hoje. O resultado também supera a projeção apresentada pela própria Abiquim, em dezembro passado, quando estimava um déficit de US$ 25,9 bilhões no acumulado do ano.
O salto do déficit é explicado pela alta de 25,5% das importações em 2011 em relação a 2010, em um total de US$ 42,3 bilhões no ano passado. As exportações cresceram 21% em igual comparação, para US$ 15,8 bilhões. Em dezembro, a Abiquim estimou que as importações no ano fossem alcançar US$ 41,6 bilhões e as exportações, US$ 15,7 bilhões, o que confirma uma tendência de fluxo comercial mais acentuado do que o previsto inicialmente para o mês de dezembro.
Em nota, o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, destacou que o avanço acentuado do déficit do setor nos últimos anos é explicado, em parte, pelo fato de o aumento da demanda interna por produtos químicos "ser cada vez mais atendido por importações".