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Estado de Minas

Selic pode chegar a 1 dígito, segundo ata do Copom


postado em 26/01/2012 09:07

O Banco Central (BC) avalia que a economia brasileira passou por mudanças estruturais significativas que determinaram recuo nos juros básicos e que é alta a probabilidade de a taxa Selic se deslocar para patamares de um dígito. É o que aponta a ata da primeira reunião do Comitê de Política Monetário (Copom) deste ano. No encontro, o BC reduziu de 11% para 10,5% a taxa Selic.

Segundo o BC, o cenário de queda dos juros para o patamar de um dígito deve ocorrer considerando que a desaceleração da economia brasileira no segundo semestre do ano passado foi maior do que se antecipava e que eventos recentes indicam postergação de uma solução definitiva para a crise financeira europeia neste momento. "O Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito", diz o texto da ata que traz bastante novidades.

Na avaliação do BC, esse novo cenário econômico de mudanças é caracterizado, de acordo com o BC, pela redução dos prêmios de risco e da estabilidade macroeconômica. Para o BC, essas transformações são caracterizadas por um elevado grau de "perenidade" e contribuem para que a economia brasileira hoje apresente sólidos indicadores de solvência e de liquidez.

De acordo com a ata, o processo de redução dos juros foi favorecido por mudanças na estrutura dos mercados financeiros e de capitais, pelo aprofundamento do mercado de crédito. E também pela geração de superávits primários consistentes com a manutenção de tendência decrescente para a relação entre dívida pública e PIB. O BC avalia que o cumprimento da meta de inflação pelo oitavo ano consecutivo, em 2011, contribui para a redução dos prêmios de risco.

Embora considere que essas mudanças sejam perenes, os diretores do BC admitem, no entanto, que mudanças pontuais podem ocorrer. "Em virtude dos próprios ciclos econômicos, reversões pontuais e temporárias podem ocorrer - e contribuem para que a economia brasileira hoje apresente sólidos indicadores de solvência e de liquidez", afirma o documento.


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