O Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012, divulgado nesta sexta-feira, mostra que o almoço fora de casa custa em média R$ 27,84 na região Sudeste do Brasil. O valor representa um aumento de 1,42% em relação ao levantamento apresentado no ano passado, que apontava média de R$ 27,45.
Os dados, apurados pelo Instituto Datafolha em parceria com a Alelo, administradora de cartões-benefício e cartões pré-pagos, contemplaram entrevistas com 4.312 estabelecimentos de cidades brasileiras. A pesquisa avaliou o custo individual de prato principal, sobremesa, bebida e café expresso, compondo assim o valor total da refeição.
A região Nordeste, que antes era a terceira mais barata do país com média de R$ 25,35, tornou-se a mais cara com média de R$ 29,35 por refeição. O Sudeste está logo atrás, com a média de R$ 27,84, seguida de Norte/Centro-Oeste, com R$ 26,35 e Sul, com R$ 24,84.
A região Sudeste abriga cinco das dez cidades com maior preço médio da refeição completa no Brasil. São Vicente, litoral de São Paulo, lidera a região com preço médio de R$ 34,91, seguida pelo Rio de Janeiro (RJ) com R$ 32,78. A cidade de Sorocaba, interior de São Paulo fica em terceiro lugar com almoço em média de R$ 30,54, seguida por Piracicaba, interior de São Paulo, que apresentou o valor médio de R$ 29,99. Já em quinto lugar aparece outra cidade do interior de São Paulo, Jundiaí, com R$ 29,71.
Apesar do pequeno aumento de 1,42% no preço médio da refeição completa para a região, o Sudeste teve o segundo maior aumento no preço de bebidas de todo o país. O valor médio para a bebida saltou de R$ 3,05 para R$ 3,23, apresentando alta de 6,02%. O café teve alta ainda mais significativa – a unidade que antes ficava em média R$ 2,38, custa agora R$ 2,60, o que representou aumento anual de 9,35%.
Pesquisa e preço médio no Brasil
O Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012 mostra que o almoço fora de casa custa, em média, R$ 27,46 no Brasil. O valor representa um aumento de 2,54% em relação ao levantamento apresentado no ano passado, que apontava a média de R$ 26,78. No mesmo período de 2011, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) específico dos alimentos e bebidas evolui 4,76% e o IPCA geral avançou 5,43%. Segundo dados da pesquisa, o aumento dos estabelecimentos de até 50 lugares – que passaram a representar 34% da amostra contra 18% do ano passado –, motivou a pequena variação do preço médio de refeição. Os restaurantes com 50 ou mais lugares (66% de amostra) tiveram um crescimento médio de 10% no valor da refeição completa.
Da média de R$ 27,46 apontada pela edição deste ano, somente o prato representa cerca de 60% do valor da refeição completa, com valor médio de R$16,35. A sobremesa, por sua vez, representa R$ 5,38, enquanto a bebida participa com R$ 3,15 e o café com R$ 2,58. O aumento mais expressivo dos componentes da refeição foi identificado no valor do café -10,26%, seguido pelo preço da bebida, que foi de 6,42%. Prato e sobremesa tiveram aumentos menores, com, respectivamente, 1,36% e 0,56%.
De acordo com os resultados das pesquisas anteriores, é possível afirmar que a refeição fora de casa “pesou” mais no bolso do brasileiro no período de 24 meses, entre outubro de 2009 até outubro de 2011. O valor da refeição completa (prato, bebida, sobremesa e café expresso) aumentou 20,92% neste período, passando de R$ 22,71 em 2009 para R$ 27,46 em 2011, segundo a pesquisa feita por Alelo e Datafolha. Atribui-se ao salto a alta de 16,49% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) específico dos alimentos e bebidas, ocorrida entre 2009 e 2011, enquanto o IPCA geral avançou 12,84%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Onde o preço é mais alto
De acordo com o ranking do levantamento, São Luís (MA) é a cidade com a refeição fora de casa mais cara do Brasil, com custo médio R$ 36,21. Em seguida, estão São Vicente, com R$ 34,91, e Rio de Janeiro (RJ), com R$ 32,78.
Preferência entre categorias de almoço
O Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012 analisa o custo e a oferta da refeição em quatro diferentes categorias de prato: comercial (também conhecido como “prato feito ou PF), self service, executivo e à la carte. Segundo a pesquisa, 58% dos estabelecimentos oferecem o sistema de refeição self service, queda de seis pontos percentuais frente à edição de 2011. O tradicional prato comercial subiu sete pontos e o executivo, cinco pontos percentuais.