O Brasil conseguiu atingir a meta de superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) em 2011 - de R$ 91,8 bilhões -, de acordo com dados divulgados hoje pelo Tesouro. No ano passado, a economia feita para pagamento de juros da dívida pública foi de R$ 93,519 bilhões, o que equivale a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, o esforço foi de R$ 78,772 bilhões.
Economistas ouvidos pelo AE Projeções esperavam resultado primário positivo em 2011 de R$ 92,300 bilhões a R$ 102,800 bilhões, com mediana de R$ 97,200 bilhões. Assim, o resultado de R$ 93,519 bilhões ficou dentro das projeções e abaixo da mediana esperada.
Apenas em dezembro de 2011, o superávit obtido pelo governo central foi de R$ 2,012 bilhões. Os economistas esperavam um superávit primário em dezembro entre R$ 1,200 bilhão e R$ 11,700 bilhões. Este intervalo de estimativas gerou uma mediana de R$ 6 100 bilhões, conforme a análise descritiva do levantamento feito pelo AE Projeções com 12 instituições do mercado financeiro.
As despesas do governo central registraram alta de 3,4% no ano passado em relação a 2010. A elevação, no entanto, foi mais do que compensada pelas Receitas, que subiram 7,7% no período.