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Estado de Minas MODA AGORA É TER IMÓVEL EM MIAMI

Empreendimento com 800 apartamentos na Flórida terá lançamento em BH

Com preços entre US$ 200 mil e US$ 2 milhões, prédio à beira-mar já tem 200 unidades vendidas para brasileiros


postado em 28/01/2012 06:00 / atualizado em 28/01/2012 13:44

Imobiliária espera comercializar 10 unidades do Residencial Vizcayne, que tem duas torres de 49 andares, com ação no Brasil(foto: Paul Morris/Divulgação)
Imobiliária espera comercializar 10 unidades do Residencial Vizcayne, que tem duas torres de 49 andares, com ação no Brasil (foto: Paul Morris/Divulgação)
Sol, tempo bom, clima de verão o ano inteiro. Miami Beach se tornou a praia de luxo dos mineiros de alta renda. O crescimento de negócios para brasileiros é tão grande no destino mais badalado da Flórida que em uma estratégia inédita empresas americanas estão chegando ao país para lançar aqui projetos e empreendimentos imobiliários. A ideia é trazer o produto até o consumidor, que pode fechar negócios sem viajar. No ano passado, os brasileiros foram responsáveis por 60% das vendas de imóveis fechadas para estrangeiros na Flórida.

 

Na próxima semana o grupo ISG (Internacional Sales Group) desembarca em Belo Horizonte para apresentar aos compradores mineiros unidades à venda no residencial Vizcayne. Localizado na região central de Miami, o prédio reúne duas torres de 49 andares com vista para o mar (Miami Beach) e oferece unidades que variam entre US$ 200 mil e US$ 2 milhões. “Esperamos vender pelo menos 10 propriedades no lançamento brasileiro”, aponta o diretor da ISG, Philip Spiegelman. Segundo ele, metade do empreendimento já estão vendido, o que significa 50% das 800 unidades do empreendimento. Das vendas até agora, 200 unidades foram comercializadas para brasileiros. O edifício que tem atraído brasileiros ostenta predicados como 24 horas de segurança, sala de cinema, fitness center, deck a céu aberto com duas piscinas em formato de lagoa tropical e uma piscina olímpica, jacuzzi e bar.

 

Com o esfriamento do dólar, mineiros têm comprado imóveis de luxo em média por R$ 6,5 mil o metro quadrado. Segundo especialistas no mercado imobiliário, os valores ainda chegam a ser 50% menores que as cifras praticadas em 2008. Um atrativo a mais para quem busca investir no lazer e turismo em clima parecido com o dos trópicos. Além de Belo Horizonte, as duas torres serão lançadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Analistas estimam que, no país, Minas Gerais ocupe o segundo lugar como maior mercado comprador em Miami, depois de São Paulo.

 

A estratégia das empresas norte-americanas para ficar mais perto do cliente brasileiro é fechar parcerias com empresas nacionais. Há um ano a mineira Lar Imóveis se associou à empresa imobiliária americana Fortune, para comercializar em Minas unidades nos Estados Unidos. O diretor-presidente da empresa Luiz Antônio Rodrigues, aponta que o mercado está atrativo para compras. “O momento é de equilíbrio entre oferta e demanda, de estabilização de preços.” Segundo Rodrigues, unidades de alto luxo variam de US$ 2,5 mil a US$ 12 mil o metro quadrado. “Acredito que 2012 será um ano de acomodação de preços.”

 

Troca

 

O boom de compras nos Estados Unidos está relacionado com o crescimento econômico brasileiro e a crise da economia americana que esfriou os preços. “Como os Estados Unidos oferecem custo de vida relativamente baixo e qualidade de vida alta, brasileiros de maior renda acabam trocando Cabo Frio por Miami”, diz Teodomiro Diniz Camargos presidente da Comissão da Indústria da Construção Civil (CIC) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Ele considera que a concorrência é um fluxo natural nos mercados globalizados, mas aponta que o Brasil deve melhorar suas condições de segurança pública e infraestrutura para não perder o fôlego na corrida de gigantes, já que não é só o valor do imóvel que atrai os compradores, mas a cesta de ofertas do país. “Quem compra imóveis na Flórida geralmente aponta a tranquilidade, segurança para sair com a família, e o custo de vida acessível.”

 

Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora, diz que em 2008 imóveis no valor de US$ 850 mil chegaram a ser arrematados por brasileiros em leilão público americano por US$ 380 mil, uma combinação de desvalorização do bem com real forte. “O mercado bateu no chão e agora começa a se estabilizar. Mas 2012 ainda será um ano muito bom para quem quer negociar um imóvel na Flórida.” Segundo Bergallo, o termômetro para o aquecimento das vendas é o câmbio. Segundo ele, quando o dólar atinge o patamar de R$ 1,80 as compras dos brasileiros fervem. “Esse é um patamar considerado pelo mercado muito atrativo para investimento no setor.”

 

Remessas

Especializado em operar com remessas para o exterior Bergallo ressalta que de 2008 para cá os valores autorizados pelo Banco Central do Brasil cresceu de US$ 10 mil para US$ 100 mil. “A procura é tão grande que o mercado está inundado de corretores especializados em fazer este serviço, criando guerra de preços e concorrência, facilitando a vida do investidor também neste sentido”, apontou. Quanto ao perfil do investidor Bergallo que se especializou na intermediação de negócios, diz que existe desde compradores que querem apenas investir e alugar o imóvel até revendê-lo, até compradores que investem no turismo e em um apartamento de verão nos Estados Unidos.

 

Palavra de especialista

Paulo Vieira
Analista de mercado e professor de finanças

Aquisição exige autela do investidor

“O imóvel para uso próprio carrega um peso particular, impossível de ser medido, mas como opção de investimento, seja no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, alguns pontos devem ser observados. Em épocas de incerteza na economia há uma tendência pela procura de bens reais e palpáveis, sendo natural a valorização dos imóveis. O grande nó deste ativo está na liquidez. Se precisar vendê-lo rapidamente, o investidor pode ter de negociar o bem abaixo do valor esperado. É preciso ficar atento também aos custos da manutenção. No caso dos investimentos americanos, é difícil prever os rumos da economia do país, do câmbio e do mercado imobiliário. São apostas, as variáveis podem combinar para o bem ou para o mal.”

 

Negócios na Europa

E na disputa pela moeda brasileira o paraíso americano não está sozinho, apesar de liderar a preferência dos investidores. A crise enfrentada por países da Europa, que derrubou o Produto Interno Bruto (PIB) europeu, tem deixado imóveis atrativos também na Zona do Euro. “Está muito barato comprar imóveis em algumas cidades europeias. Lisboa, por exemplo, é um destino onde tem crescido o interesse de investidores brasileiros”, observa Teodomiro Diniz Camargos, presidente do Conselho da Indústria da Construção Civil da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis em Minas (Creci-MG), Paulo Tavares, também considera que o intercâmbio de negócios imobiliários é um caminho que cresce em passos rápidos. “Nosso conselho federal tem sido convidado a ir ao exterior fazer palestras sobre o mercado brasileiro assim como grupos estrangeiros têm nos procurado, existe um intercâmbio. Recentemente recebi por aqui investidores europeus e cada vez mais temos notícias de brasileiros comprando imóveis em Miami”, aponta Tavares. (MC)

 


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