As vendas nos shoppings centers do país cresceram 18,6% em 2011, atingindo o montante de R$ 108 bilhões, segundo dados coletados pela consultoria PWC, sob encomenda da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce). De acordo com nota divulgada nesta terça-feira pela entidade, o setor seguiu aquecido e superou as previsões de crescimento de 12%, mesmo com as medidas de contenção ao crédito anunciadas no segundo semestre de 2011 e a desaceleração do crescimento da economia nacional.
O total de shoppings no país atingiu 430 no fim de 2011, ultrapassando a marca de 10 milhões de metros quadrados em área bruta locável (ABL), empregando 775 mil pessoas. Para este ano, a Abrasce prevê alta de 12% nas vendas e inauguração de mais 43 shoppings, sendo 29 em cidades do interior. Os novos empreendimentos devem somar cerca de 1,5 milhão de metros quadrados de ABL e aproximadamente 115 mil novos empregos.
Otimimo em Minas
Os lojistas belo-horizontinos iniciaram o ano de 2012 com um otimismo de 95%. É o que mostra a pesquisa Sondagem do Comércio Lojista de Belo Horizonte de janeiro de 2012, realizada pelo Departamento de Economia da Fecomércio Minas. O motivo, segundo os especialistas está ligado às vendas de fim de ano. Os lojistas apostavam que, em dezembro, as vendas seriam 74% melhores do que as de novembro. Os números da pesquisa, no entanto, mostram que o crescimento registrado foi de 80%. Para outros 15% as vendas foram iguais às de novembro.
Para janeiro, 68% dos entrevistados também já apostam em vendas melhores ou iguais àquelas realizadas no último mês, consolidando a confiança dos empresários no futuro comportamento das vendas e da demanda. Diversos fatores como o aumento da renda, taxas de desemprego em baixa, crédito acessível foram responsáveis pelos ótimos resultados nas vendas no varejo no Natal e, provavelmente, continuarão no início de 2012 devido as tradicionais liquidações e saldões característicos do período.
Em dezembro, dentre os segmentos que alavancaram as vendas no comércio varejista, as maiores participações couberam às atividades de vestuário (22,1%), calçados (8,7%), eletroeletrônicos (6,2%) e produtos alimentícios (4,5%). Esses são segmentos muito sensíveis às datas comemorativas, visto que apresentam sempre novidades, no caso dos eletroeletrônicos, de vestuário e calçados, as coleções da estação. Já o comparativo de dezembro de 2011 contra dezembro de 2010 revela um quadro favorável, afinal o somatório de vendas melhores ou empate totalizou 79%. Do total de empresários do comércio, 21% contabilizaram resultados piores. A mediana de aumento das vendas foi de 15% e da redução 10%. (Com Agência Estado)