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Estado de Minas

Dilma assina acordos de estímulo à economia cubana


postado em 01/02/2012 16:31 / atualizado em 01/02/2012 16:39

(foto: AFP)
(foto: AFP)

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em sua primeira visita a Cuba, entregou nesta quarta-feira um apoio concreto às reformas econômicas implementadas pelo presidente Raúl Castro, o que considerou como uma cooperação bilateral "estratégica".

Entre as medidas de apoio, a presidente brasileira assinou acordos para criar um banco de dados geológicos, reforçar o Centro de Tecnologia e Qualidade do ministério da Indústria Siderúrgica e criar uma rede de bancos de leite materno.

"Creio que a maior contribuição que podemos fazer aqui em Cuba é ajudar a desenvolver o processo econômico", disse Rousseff em Havana, ao declarar que esta cooperação é "estratégica para o Brasil e para Cuba".

Em Cuba, Dilma, que lidera a maior economia da América Latina, se reuniu com o presidente cubano Raúl Castro e também conversou com seu irmão e antecessor, Fidel Castro, de 85 anos. No âmbito dos acordos, o Brasil enviará especialistas para supervisionar a implementação dos projetos e para treinar especialistas cubanos no Brasil.

Dilma também visitou o porto de Mariel, 50 km a oeste de Havana, onde o Brasil destinou 450 milhões de dólares para financiar a expansão das instalações portuárias. O comércio bilateral atingiu um recorde de 642 milhões de dólares em 2011, fazendo do Brasil o segundo maior parceiro comercial de Cuba na América Latina, atrás da Venezuela.

Mas as exportações brasileiras para Cuba atingem 550 milhões de dólares, deixando este intercâmbio comercial em claro desequilíbrio, que ambos os lados querem corrigir. Na terça-feira, Dilma recusou-se a criticar a posição de Cuba em relação aos direitos humanos, dizendo que o problema não deve ser utilizado como uma arma de combate político-ideológico.

"Que atire a primeira pedra quem não tiver telhado de vidro. Nós temos no Brasil. Sendo assim, concordo em falar de direitos humanos de uma perspectiva multilateral", disse Dilma à imprensa no Palácio da Revolução, antes de dirigir-se ao Haiti para conversar sobre questões econômicas e de imigração.

Coincidentemente à visita de Rousseff, a gigante Odebrecht, que desenhou e dirige as obras em Mariel, anunciou que firmará um acordo com o grupo estatal cubano Azcuba, que controla a produção de açúcar, para ampliar a produção na província de Cienfuegos, no centro-sul da ilha.


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