O dólar à vista começou o dia em queda de 0,12%, a R$ 1,720, com os investidores acompanhando o ritmo internacional, sem abandonar as atenções aos movimentos do fluxo. Na manhã de hoje, houve boas notícias na Europa e o dólar perdeu fôlego, enquanto os investidores aguardam os dados previstos na agenda econômica dos EUA.
Às 9h09, a moeda norte-americana caía 0,18% em relação a uma cesta de seis moedas fortes (Dólar index) e o euro era cotado a US$ 1,3174 ante US$ 1,3144 no final da tarde de ontem, em Nova York. As notícias boas da Europa referem-se à atividade econômica de janeiro, que mostrou melhora generalizada em comparação a dezembro.
O PMI composto da zona do euro subiu para 50,4 em janeiro, de 48,3 em dezembro, deixando a área da contração econômica e passando a indicar expansão. O resultado marca a primeira leitura de crescimento em cinco meses e ficou em linha com as previsões dos analistas. O PMI do setor de serviços aumentou para 50,4 em janeiro, de 48,8 em dezembro. A previsão dos economistas para o PMI era de uma leitura de 50,5.
Também houve alta no segmento de serviços das duas maiores economias do bloco, a Alemanha e a França. No Reino Unido, a recuperação no setor de serviços também foi bem expressiva.
Já no Brasil, onde a agenda econômica do dia é bem fraca, o mercado deve ficar atento aos movimentos de fluxo. Muitos dólares estão chegando ao País desde o início de ano tanto para a bolsa quanto por meio de emissões externas e isso está afetando os ativos além das influências internacionais.
No mês de janeiro, a Bovespa recebeu mais de R$ 7 bilhões de estrangeiros, o que representa um recorde mensal desde o plano real foi implementado em 1994. A alta do Ibovespa no mês foi de 11%. Já as captações privadas desde o início de janeiro até agora já superam US$ 13 bilhões.
A avaliação é de que se dinheiro continuar a chegar nada vai segurar a queda do dólar e o Banco Central tenderia a retomar as operações de compra de divisas no mercado à vista. Os analistas consideram que R$ 1,70 é o limite de baixa a partir do qual o BC poderia atuar.