A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgará a lista oficial com as informações dos consórcios que disputarão as concessões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP) e Campinas (SP) apenas na segunda-feira, logo depois da realização dos leilões. Mas já informou que nenhum candidato que entregou proposta na quinta-feira foi desclassificado em virtude de documentação insuficiente ou inadequada. Analistas de mercado ainda contabilizam 11 consórcios que entregaram seus documentos e propostas econômicas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), sinalizando disputa acirrada pelos terminais. Desses, nove grupos confirmaram presença e outros três são estimados pelo mercado (veja quadro).
Na disputa, a Fidens tem a seu lado a americana ADC&HAS, que tem experiência de mais de 90 anos na operação de aeroportos no mundo, além do próprio fundo sul-africano. Entre os terminais operados pela ADC&Has estão o de Houston, nos EUA, que registra um movimento anual de 50 milhões de passageiros.
A Fidens Engenharia tem presença nacional e internacional e conta com 3,4 mil empregados. Em 2010, registrou uma receita de R$ 785 milhões. Entre seus clientes, exibe empresas como Votorantim, CSN, Petrobras, Alcoa e Gerdau. “Nossa expectativa é a melhor possível em função da qualidade e da força reunidas no consórcio”, informou a empresa, por meio de nota.
Sem obstáculos
Os leilões venceram nessa sexta-feira talvez o último risco para sua realização. A juíza federal Eliana Borges de Mello Marcelo, titular da 1ª Vara Federal em Guarulhos, rejeitou a ação cautelar movida pelo Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina). O Sina pleiteava a suspensão do leilão alegando que não constam no edital o acordo feito com a Anac para assegurar os direitos dos aeroportuários na transição dos terminais para a gestão privada. “Em consulta ao site da Anac é possível constatar que os anseios do requerente já se encontram atendidos”, afirmou a juíza. Essa foi a segunda derrota para os sindicalistas na semana. Na terça-feira, a Justiça Federal em Campinas também decidiu manter a licitação.
Para evitar o risco de adiamento do leilão, uma equipe da Advocacia Geral da União (AGU) estará de prontidão para derrubar pedidos de liminares. Desde a semana passada, procuradores federais e advogados da União fazem plantão. O leilão começará às 10h e poderá durar seis horas, caso existam muitos lances no viva-voz. Serão classificadas as três melhores ofertas para cada aeroporto ou todas que forem no mínimo 90% da oferta de quem sair na frente.