Um agravamento da crise econômica na Europa é o principal perigo para a China, cuja economia continua dependendo da demanda mundial, disse nesta segunda-feira um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"A economia mundial está em um estado precário e os riscos foram incrementados substancialmente. O mais destacável é a intensificação da espiral negativa entre as pressões pelo financiamento dos estados e os bancos na zona do euro", disse o FMI em seu relatório sobre a China.
"Caso o risco de volatilidade financeira proveniente da Europa se materialize, o crescimento da China seria comprometido", afirmou. Segundo o FMI, na pior das hipóteses, o crescimento global poderia ser reduzido em 1,75 ponto percentual com relação ao cenário estimado e o da China poderia recuar em cerca de 4 pontos percentuais.
O FMI aposta em um crescimento de 8,3% este ano para a segunda economia mundial, um dos mais elevados do mundo. "A debilidade das perspectivas externas ressalta a importância de se acelerar as transformações da economia chinesa para reduzir sua vulnerabilidade aos caprichos da demanda mundial", disse.