O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, explicou que os valores das outorgas dos três aeroportos privatizados hoje (Guarulhos, Campinas e Brasília) serão pagos ao longo das concessões pelas Sociedades de Propósito Específico (SPEs), ou seja, pelo consórcio vencedor, que possui 51% da SPE, e também pela Infraero, que tem 49%. As outorgas serão pagas com as receitas obtidas durante o contrato.
Dessa forma, a Infraero também participará do pagamento das outorgas definidas hoje. Como o dinheiro virá das receitas, isso afetará os dividendos a serem distribuídos.
Ao ser questionado se não era "injusto" o fato de a Infraero ter de pagar pelo ágio oferecido hoje pelo seus sócios, Vale disse que de certa forma "esse é o lado negativo do alto ágio para a Infraero".
Vale disse ainda que o único desembolso direto da Infraero somará cerca de R$ 600 milhões, feito em até 22 meses, para o capital inicial das três SPEs. Um terço desse valor será aportado nos primeiros meses.
Com relação aos cerca de 2.800 funcionários que hoje trabalham nos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, Vale disse acreditar que pelo menos 50% serão absorvidos pelos consórcios. Os que não forem, serão transferidos para os demais aeroportos sob gestão da estatal.