Das 221 marcas de cachaça de alambique certificadas no estado em 2011, 27 são orgânicas (produzidas sem a utilização de agrotóxico e adubos químicos), 191 são convencionais, e três são produzidas pelo sistema SAT, sem agrotóxicos, porém com a utilização de adubos. A expectativa para 2012, é que o número de estabelecimentos certificados no estado aumente em pelo menos 10%.
O programa de certificação de produtos agropecuários e agroindustriais do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é voltado para produtores de cachaça artesanal, produzida com fermento natural e destilada em alambique de cobre. A certificação é de adesão voluntária e o interessado em participar desse processo pode procurar um dos escritórios do Instituto para receber as orientações necessárias.
No momento de requerer a certificação, o produtor pode optar por três sistemas produtivos da cana: o sistema orgânico, o sem agrotóxicos e o sistema tradicional. No primeiro, a cana deve ser cultivada sem agrotóxico e adubo químico. No segundo, não pode haver aplicação de agrotóxicos e o uso do adubo químico é permitido. E no tradicional, é permitido o uso de agrotóxicos e adubos químicos indicados para esta cultura, dentro dos parâmetros agronômicos prescritos.
Para o diretor geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, o programa de certificação da cachaça traz vantagens para os produtores, exportadores e consumidores. “A certificação é uma maneira de atestar a qualidade e agregar valor ao produto, tão popular em Minas, mas que ganha novos mercados através do programa de certificação. O que gera também, maior competitividade dos produtores, garante a qualidade da bebida e propicia melhores opções aos consumidores finais” afirma.
As cachaças certificadas também possuem a chancela de Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) vinculada à condição de Organismo Certificador de Produto (OCP) que o IMA possui desde 2009.