A melhora no índice de expectativas dos empresários da construção em janeiro foi impulsionada pela sinalização do governo federal de que retomará neste ano os gastos com obras de infraestrutura, como os do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e aqueles voltados para a Copa do Mundo e a Olimpíada.
"A posição do governo melhorou as expectativas do setor, mas ainda existe uma dose de incerteza entre os empresários, porque parte das obras ainda não foi contratada", ponderou Ana Maria Castelo, coordenadora da pesquisa Sondagem da Construção, divulgada mais cedo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com a sondagem, o índice de expectativas passou de 130 7 pontos em dezembro para 134,9 pontos em janeiro. Na escala, que vai de zero a 200 pontos, resultados acima de 100 indicam otimismo do setor. A pontuação de janeiro, porém, ainda está 6 1% abaixo da registrada no mesmo mês de 2011.
A pesquisa também apontou melhora nas previsões de emprego na construção para 2012. No ano passado, houve desaceleração do ritmo de contratações, quando o setor de construção gerou cerca de 200 mil vagas, mas o nível ainda continua bastante forte, avaliou Ana Maria. "Para 2012, as contratações vão continuar em um nível alto, principalmente por conta da retomada dos investimentos por parte do governo", acrescentou.
A falta de mão de obra qualificada foi apresentada por 38,1% dos empresários como o principal problema para a expansão dos negócios. Em segundo lugar, aparece a competição no próprio setor (25,7%) e a falta de demanda (11,5%).