A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da 2ª Delegacia Especializada de Investigação de Fraude, apresentou, nesta sexta-feira, no Departamento de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) um suspeito de fazer parte de uma quadrilha de clonagem de cartões.
Caio Portilho Pereira, 30 anos, foi preso nessa quinta e se passava por funcionário de uma empresa de cartão de crédito para trocar as máquinas originais pelo equipamento com o dispositivo conhecido como chupa-cabra. A partir da troca, ele conseguia copiar as informações dos cartões.
Caio é suspeito de instalar a máquina adulterada em dois supermercados localizados na Região Centro-Sul da capital e em Nova Lima. Oito máquinas foram apreendidas com o criminoso que foi autuado em flagrante por estelionato.
De acordo com o delegado Islande Batista, o suspeito é do Rio de Janeiro e vinha a BH somente para praticar o crime. Ele usava uniforme da empresa e entrava nos estabelecimentos dizendo que faria manutenção nas máquinas de cartões.
Caio dizia aos comerciantes que o equipamento estava com defeito e efetuava a troca. Porém, a máquina que ele deixava na loja continha um chip capaz de capturar dados dos clientes durante a compra. O estelionatário levava o material para o Rio, onde outros integrantes da quadrilha copiavam cerca de 600 dados dos clientes. Para esse “trabalho”, Caio recebia R$ 500 por equipamento.
A partir dos dados capturados era possível clonar um cartão, fazer compras e saques. Caio foi monitorado por câmeras de alguns estabelecimentos de BH, por isso a polícia conseguiu prendê-lo. Segundo Bastisa, o suspeito pode ser condenado a cinco anos de reclusão.
De acordo com o delegado, o suspeito deu o nome de um comparsa da quadrilha carioca. Os investigadores mineiros vão tentar, junto com a polícia do Rio, desmantelar a organização criminosa.