Foliões que deixaram para comprar pacotes turísticos para o feriado do carnaval na última hora ainda podem encontrar algumas opções de viagens, mas elas são raras e – muito – caras. As operadoras e agências que atuam em Belo Horizonte informam que as vagas para os destinos mais concorridos do país nesta época de jogar confetes, serpentinas e correr atrás de trios elétricos são poucas. Neste ano, os negócios relacionados com data explodiram, com alta entre 15% e 25% nas vendas. Foi o contrário do que ocorreu no réveillon, quando a procura ficou aquém das expectativas dos empresários. O que existe de opção é oferecido como o chamado preço cheio, ou seja, sem nenhum tipo de desconto.
“Todos os nossos pacotes estão lotados. Há algumas exceções, como um único lugar para Fortaleza (CE) com o preço um pouco mais baixo. Mesmo assim, se o turista quiser ir acompanhado, o amigo terá que pagar R$ 2,3 mil somente na passagem aérea de ida e volta, sem falar no hotel”, diz Paulo Testa, diretor da operadora de turismo Interpool. De acordo com ele, a procura por pacotes de viagens neste carnaval foi 15% maior do que a registrada em igual período do ano passado.
Na Território Viagens, também restam poucos destinos para os foliões da última hora. Luciano Souza, diretor da empresa, explica que há vagas limitadas para Recife (PE), Porto Seguro (BA) e Salvador (BA). A expectativa dele é vender tudo, incluindo os pacotes mais caros, até o meio da semana que vem. “O cliente vai pagar os preços cheios. A opção será dividir em 10 vezes”, observa. Segundo ele, neste ano a procura pelos roteiros no feriado do carnaval foi 20% maior.
Na CVC o cardápio de destinos ainda disponíveis para a última hora está restrito. Há alguns pacotes para Ilhéus (BA), Maceió (AL), Caldas Novas (GO) e Salvador. “Mas não há mais nenhum pacote em promoção. Nossa demanda cresceu entre 15% e 20% ente ano”, diz Woody Garcia, gerente de produtos da CVC em BH. Já na Primus Turismo a procura por pacotes aumentou 25%. “Só temos poucas vagas para Natal (RN) e Porto de Galinhas (PE). Mas quem quiser terá que pagar o preço cheio de venda. Os pacotes não estão com descontos”, afirma a analista de Marketing da agência de viagens, Kika Vernalha.