A ministra espanhola do Emprego, Fátima Báñez, defendeu no domingo a reforma trabalhista anunciada na sexta-feira, que mobilizou os sindicatos do país, ao afirmar que ela protege os "direitos dos trabalhadores" e permitirá conter "a hemorragia" do desemprego.
"A reforma permitirá que as empresas se ajustem às situações econômicas adversas com maior flexibilidade e que a demissão seja o último recurso", afirmou a ministra em uma entrevista concedida ao jornal conservador ABC.
"Evidentemente, os direitos do trabalhador permanecem intactos", disse. "Espero que a reforma permita que se freie a hemorragia da destruição do emprego que possuímos", completou. O governo conservador de Mariano Rajoy apresentou na sexta-feira uma reforma trabalhista que busca reduzir o desemprego, cuja taxa se situava em 22,85% da população ativa ao final de 2011.
A reforma, que entrou em vigor no domingo, mas que ainda será debatida pelos deputados, inclui uma redução das indenizações por demissões e medidas para estimular o emprego dos jovens, sendo que o desemprego atinge metade da população dessa faixa etária. Os sindicatos espanhóis pediram no sábado por manifestações em todo o país no próximo dia 19 de fevereiro contra esta reforma que, segundo eles, irá acelerar a destruição de empregos.