O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) fechou o ano de 2011 com desembolsos de R$ 1.366.400, conforme balanço oficial que será publicado nesta quinta-feira. Dentro desta cifra, de mais de R$ 1,3 bilhão, um dos destaques é a maior atuação junto aos municípios mineiros, que receberam R$ 195 milhões, dos quais R$ 165 milhões provenientes do Novo Somma, linha criada com capital próprio do Banco.
“Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional, 83% dos financiamentos para os municípios de Minas passaram pelo BDMG”, destaca o presidente da instituição, Matheus de Carvalho. O fomento a projetos e programas de desenvolvimento dos municípios mineiros é uma das prioridades da administração do governador Antonio Anastasia.
Também foi destaque em 2011 a implantação do modelo de Correspondentes Bancários via Cooperativas de Crédito, com o apoio dos sistemas da OCEMG e do SICOOB e UNICRED. Embora o projeto tenha sido implantado em meados do ano passado, foram contratadas, ainda em 2011, 44 cooperativas, alcançando cerca de 200 municípios mineiros. Para este ano, além da continuidade das parcerias com as cooperativas de crédito, o modelo será ampliado para entidades de classe do setor empresarial, contratos que começam a ser assinados ainda este mês com a Fiemg, Fecomércio, Federaminas e Fecon-MG.
Desempenho
O desempenho econômico-financeiro do BDMG em 2011 comprova o crescimento da Instituição comparativamente ao ano de 2010. Os ativos totais, com saldo de R$ 2,840 bilhões cresceram 21% em relação aos R$ 2,346 bilhões registrados no ano anterior. Também o patrimônio líquido, que no ano passado foi de R$ 1,151 bilhão, evoluiu em 13% em relação aos R$ 1,023 bilhão aferidos em 2010. O lucro líquido, de R$ 82 milhões em 2011, ficou no mesmo patamar de 2010, quando o lucro foi de R$ 84 milhões.
O presidente do BDMG chama a atenção para o fato de que, em 2011, nas operações realizadas com recursos próprios e recursos de repasse, o saldo foi de R$ 2,130 bilhões, um crescimento de 40% em comparação ao saldo de R$ 1,518 bilhão apresentado em dezembro de 2010. Matheus de Carvalho lembrou, ainda, que o BDMG voltou em 2011 a captar recursos no mercado, alavancando o funding – que é a consolidação financeira das dívidas de curto prazo em um período adequado à maturação do investimento e sua amortização – para fazer frente à expansão de suas operações de financiamento.
Outras frentes de atuação do Banco são a estruturação de fundo de investimento em direito creditório (FDIC) e a continuidade da política de investimentos em fundos de investimento em participações (FIPs) e fundos de investimentos em empresas emergentes (FIEEs) voltados à sustentabilidade e ao desenvolvimento de tecnologias.