Na Tocantins mineira –cidade da Zona da Mata distante 277 quilômetros de BH –, um grupo de 19 haitianos uniformizados e munidos de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) reforça o quadro de funcionários da Empac, empresa especializada na produção de artefatos de concreto. A diversidade no quadro de pessoal não é algo novo, uma vez que alguns dos 400 empregados deixaram outros estados para trabalhar na cidade. As dificuldades de contratação de mão de obra levaram a Empac a seguir o mesmo caminho das pedras até Brasiléia.
“Fomos informados de que outra empresas já estavam na segunda leva de admissões diante do resultado positivo”, conta o gerente de gestão da qualidade da Empac Adilson Ferraz Cordeiro. E lá foi a empresa, com a expectativa de trazer 20 haitianos. “Na segunda semana de fevereiro fizemos a viagem. Por intermédio do governo do Acre fizemos entrevistas e selecionamos aqueles que demonstraram mais aptidão para trabalhar na área”, lembra Adilson.
Os trabalhadores desembarcaram no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Confins, e seguiram de van até Tocantins. “Quando chegaram, a casa já estava montada. Tivemos o cuidado de traduzir os procedimentos de segurança para o crioulo africano, fizemos cartilhas ilustrativas e estamos realizando o treinamento em espanhol, que um deles compreende bem e repassa para os demais”, explica o gerente da Empac.
ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA