O secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), José Ángel Gurría, disse, em entrevista à TV Bloomberg, que a planejada troca de dívida da Grécia ocorre com "dois anos de atraso" e que uma ação mais cedo teria interrompido o contágio dos problemas da dívida para outros países da zona do euro. "O que aconteceu hoje está, talvez, dois anos atrasado, mas aconteceu", declarou Gurría. "Isso restaurará a confiança". Ele afirmou também a União Europeia não precisa de ajuda do Brasil, nem da China. "A Europa pode depender de seus próprios recursos", acrescentou.
Gurría repetiu seu pedido para um fundo de socorro da zona do euro de pelo menos US$ 1 trilhão, argumentando que quanto maiores forem os recursos disponíveis para ajudar os governos que estão tendo dificuldade para se financiar nos mercados de bônus, menor será a possibilidade de esses fundos serem usados.
Ele declarou que a zona do euro está nos trilhos para construir uma estrutura "muito poderosa" para confrontar seus problemas econômicos, que culminarão, eventualmente, com uma união fiscal na zona do euro.