O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, disse hoje que uma regulação mais rigorosa do sistema financeiro global deve ter baixo impacto sobre o Brasil e maior sobre os países ricos. "A exigência maior de capital deve afetar a oferta de crédito e crescimento nesses países", disse ele. "Mas novas regras devem afetar pouco o Brasil, que já vinha de nível se segurança maior do que outros países", ressaltou, após entrevista coletiva do Instituto Internacional de Finanças (IIF) que antecede a reunião do G-20, na Cidade do México, neste final de semana. Segundo ele a situação fiscal e reservas mais robustas deixam o Brasil "muito bem posicionado" para enfrentar a crise global.
Setúbal também avalia que os bancos brasileiros não devem enfrentar nenhum problema com as regras de liquidez adotadas pelo Banco Central no final do ano passado e disse que o Itaú Unibanco já está 100% em linha com as exigências do BC.
O executivo disse que o IIF é favorável que novas regras de regulação do sistema financeiro sejam adotadas em todos os países e ao mesmo tempo. "Regras particulares de países não têm apoio do IIF", afirmou, sem fazer referência a nenhum país, como os Estados Unidos, por exemplo, que adotaram a "Regra Volcker" de regulação das instituições financeiras do país.