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Estado de Minas

ArcelorMittal reforça distribuição de aço no país, com previsão de alta de até 7% do consumo


postado em 26/02/2012 07:41 / atualizado em 26/02/2012 08:57

As perspectivas de crescimento do consumo de aço na construção, no agronegócio e na indústria brasileira enchem os olhos dos executivos da ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, nos países desenvolvidos ou emergentes onde a equipe se reúne periodicamente. Depois de um 2011 marcado pelo enfraquecimento da demanda na Europa em crise e nos Estados Unidos, o que levou a empresa a congelar investimentos nas usinas de João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, e de Santa Catarina, o cenário de vendas no país em 2012 e nos próximos quatro anos surge positivo. “O Brasil se tornou um éden (como no livro do Gênesis). Isso, de uma certa forma, é bom, mas temos de tomar muito cuidado com essa visão”, resume Augusto Espeschit
de Almeida, presidente da ArcelorMittal Aços Longos para a América do Sul. Otimista com a expansão da economia brasileira e de alguns dos vizinhos latinos, como Peru e Bolívia, o conglomerado vai se aproveitar da eficiência máxima de suas fábricas para atender as compras mais aquecidas no subcontinente. A principal estratégia, em lugar de grandes aumentos de capacidade produtiva das usinas, será fortalecer a rede de distribuição de produtos e serviços, revela Espeschit de Almeida. O negócio em terras tupiniquins está completando 90 anos, desde a operação em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, da primeira siderúrgica na América do Sul com todo o processo de produção integrado, ou seja, do minério de ferro ao aço.

Turbulência mundial


“O que se vê na Europa é o medo de ajudar a Grécia a sair da crise. Percebemos redução de consumo, excesso de capacidade produtiva, aumento do desemprego e isso assusta. Na hora que você vê do outro lado do mar obras em curso para a Copa e os jogos olímpicos, a Copa das Confederações, criação de portos, estradas, reservas de mais de 300 bilhões de dólares, estabilidade de preços e desemprego na casa de 6% é outra avaliação e muito positiva para o Brasil. Em todos os lugares para onde eu viajo, os holofostes do mundo e qualquer roda têm olhares voltado para o país. O Brasil se tornou um éden. Isso, de uma certa forma, é bom, mas temos de tomar muito cuidado com essa visão. O país se tornou caro para a produção industrial e mantém uma carga tributária violenta. Trabalhamos com projeções de crescimento, no Brasil, de 5% a 7% ao ano do consumo de aços longos (destinados à indústria, construção civil e ao agronegócio) nos próximos cinco anos. No que diz respeito à América do Sul, o cenário é muito positivo, com bom nível de demanda, especialmente na Bolívia, Chile, Colômbia e Peru. A América do Norte está nos surpreendendo em recuperação.”


Estratégia comercial


“Nós encerramos um segundo semestre de 2011 deprimido e com crescimento pífio da indústria, mas já havia uma demanda reprimida de obras de infraestrutura e para a Copa do Mundo-. Esses projetos começar a acontecer. Tivemos, agora, um janeiro invejável em vendas e este mês também tem se mostrado num ritmo muito bom de negócios.; Nossa visão para 2012 é otmiista, mas não adianta a empresa ter plantas industriais excepcionais e não saber o que o cliente quer. Este ano será um período em que vamos enfrentar e acompanhar o crescimento do mercado, estando cada vez mais perto dos clientes. Nossa política é atuar com o mesmo conceito dos supermercados, oferecendo uma cesta completa de aços longos e planos e muito serviço. Vendemos o aço dobrado e cortado na medida e no peso certo necessário nas obras da construção. Muitas vezes, fazemos esse trabalho no próprio cliente. A empresa sairá, neste ano, de 94 para 110 pontos de distribuição no Brasil e a cadeia de unidades de corte e dobra de aço (fornecimento que chega aos canteiros de obras da construção em tempo real e ajustado ao cronograma da edificação), também vai crescer na mesma proporção de 10% sobre os atuais 35 empreendimentos. Oferecendo serviços, temos condições de manter o nosso mercado doméstico mais blindado dos concorrentes estrangeiros.”

Duplicação em Monlevade


“A decisão de postergar o investimento orçado em US$ 1,2 billhão não muda ainda, porque a usina não está especificamente ligada ao mercado doméstico. A expansão segue uma velocidade de consumo mundial e precisamos ter uma estabilidade para tomar decisões sobre o projeto. O que nós estamos fazendo é cada vez mais trabalhar com eficiência e excelência operacional, absorvendo o melhor dos equipamentos. Nos preocupamos em conservar os equipamentos que já chegaram à usina e preparamos a fábrica para retomar as obras assim que o momento for favorável para isso.”

90 anos em atividade


“Os negócios da ArcelorMittal Aços Longos América do Sul têm origem no começo dos anos 20 em Minas Gerais (no município de Sabará), num período de turbulência mundial. Passamos por quase todas as crises de que se tem notícia e elas nos ensinaram muito a superar desafios. Vamos chegar neste ano ao marco de 75 milhões de toneladas de aços longos produzidos no Brasil, que se transformou em referência para o grupo no mundo no que se refere a produtos de qualidade e bons índices técnicos de rendimento metálico e consumo de energia. Atrás do pioneirismo, a empresa se preocupou com um processo de produção sustentável.”

 


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