A União Europeia impôs nesta segunda-feira mais sanções à Síria, congelando os ativos de várias autoridades do governo e impondo sanções ao Banco Central desse país. Também está proibida a compra de ouro, metais preciosos e diamantes da Síria, e estão proibidos os voos para transporte de cargas aos países da União Europeia.
A UE já havia imposto algumas rodadas de sanções à Síria, congelando ativos de 100 pessoas e 38 organizações, além de tentar cortar o suprimento do país nos setores de petróleo e gás. Por enquanto, as sanções da UE tiveram pouco impacto sobre o regime do presidente sírio, Bashar Assad. Grupos de ativistas estimam que quase 7.500 pessoas morreram nos 11 meses de distúrbios.
Os nomes das autoridades sírias sancionadas nesta segunda-feira serão publicados na terça-feira, no diário oficial da UE. As novas sanções foram adotadas na manhã desta segunda-feira pelos ministros das Relações Exteriores dos 27 países do bloco reunidos em Bruxelas, disse Maja Kocijancic, uma porta-voz do bloco europeu.
A presidente do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Laura Dupuy Lasserre, afirmou nesta segunda-feira esperar "uma resposta positiva" das autoridades sírias aos esforços internacionais para obter ajuda para civis em dificuldade. "Esperamos que haja uma resposta positiva das autoridades sírias para que possamos ajudar todos aqueles afetados", disse ela.
O presidente sírio, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta segunda-feira que estava sendo elaborado um plano para retirar repórteres feridos da cidade de Homs, no centro do país. Em entrevista á rádio francesa RTL, Sarkozy disse que a situação está "extremamente tensa, mas parece que as coisas estão sendo desbloqueadas".
Já a China reagiu a comentários do domingo da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, bastante críticos à repressão oficial na Síria. Segundo um porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, Pequim acredita que "a comunidade internacional deve respeitar integralmente a soberania, integridade territorial e independência da Síria". A China e a Rússia barraram uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que criticava a repressão do regime sírio a civis. Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, criticou o que chama de postura "cínica" do Ocidente ante a situação na Síria. As informações são da Dow Jones.