O banco britânico HSBC, um dos maiores do mundo, anunciou nesta segunda-feira um lucro líquido anual de 16,8 bilhões de dólares (12,55 bilhões de euros) em 2011, o que significa um aumento de 28% em relação ao ano anterior.
O banco aproveitou sua forte implantação na Ásia e em outros mercados emergentes para contrabalançar o impacto da crise na Eurozona e de sua retirada dos Estados Unidos.
Também conquistou os primeiros resultados de um plano estratégico que resultou na cessão de algumas atividades e milhares de supressões de empregos.
O lucro bruto do grupo foi de 21,9 bilhões de dólares (+15%), conforme as previsões dos analistas.
As atividades em Hong Kong e no resto da região Ásia-Pacífico geraram quase 61% deste resultado, contra apenas 21,3% para a Europa.
O conselheiro-delegado do HSBC, Stuart Gulliver, classificou 2011 de "ano de progresso importante" para a entidade e elogiou "um forte resultado nos mercados que crescem e um ano recorde na atividade de banco comercial".
O grupo decidiu pagar um dividendo de 0,41 dólar por ação, o que significa um aumento de 14% em relação a 2010.
O HSBC anunciou em agosto a supressão de 30 mil empregos, ou 10% de seus funcionários, no mundo até 2013, para reduzir seus gastos em 3,5 bilhões de dólares. Este corte no quadro de funcionários deve ser compensado com a contratação de 15 mil pessoas nos países emergentes até 2014.
No âmbito de sua reestruturação, o banco britânico, que sobreviveu à crise de 2008 sem ajudas públicas, vendeu no verão passado 195 de suas agências de varejo nos Estados Unidos e anunciou a cessão para meados de 2012 de sua atividade de cartões de crédito neste mesmo país