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Estado de Minas

Transportadores param na Regap; nas bombas etanol apresentou queda de 2,2%

Trabalhadores cobram mudanças para voltar ao trabalho


postado em 28/02/2012 06:00 / atualizado em 28/02/2012 08:01

Contra a contratação de transportadoras de outros estados e a política de remuneração da Petrobras Distribuidora, integrantes do Sindicato das Empresas e Transportadores de Combustível e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG) fizeram uma paralisação nessa segunda-feira na entrada da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Grande BH, cobrando mudanças imediatas da empresa. Eles criticam o fato de a distribuidora estar contratando transportadores de outros estados para abastecer a revenda de Minas. Devido à paralisação, as entregas de combustível sofreram atrasos nessa segunda-feira, mas foram regularizadas no fim da tarde depois de encerrada a manifestação.

Na lista de reivindicações, os transportadores criticam a política da distribuidora de não pagar o período parado dos caminhões para carregar e descarregar. O sindicato alega que a legislação obriga a distribuidora a pagar R$ 1 por tonelada ou fração passadas cinco horas de espera. No entanto, eles afirmam que a Petrobras só paga depois de 24 horas e, em alguns pontos, esse período é de 48 horas.

Além disso, os transportadores também criticam a política da Petrobras de efetuar o chamado leilão reverso. Ou seja, o serviço é feito pela empresa que aceitar o menor valor de frete. Assim, a remuneração paga pode ser menos de 10% superior ao custo do serviço. Segundo o sindicato, para se pagar as despesas, seria necessário cobrar de R$ 1,65 o quilômetro rodado, no entanto, o pagamento a eles tem atingido R$ 1,80 em algumas situações. “Essa matemática não dá para entender. O transportador está pagando para trabalhar, mal dá para pagar as despesas”, diz o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes.

Em nota, a Petrobras Distribuidora informou que foram tomadas “as medidas cabíveis para regularizar as atividades de carregamento e transporte de combustíveis em seu terminal localizado em Betim”. “A empresa está constantemente aberta a negociação”, diz o texto. Segundo a distribuidora, nessa segunda-feira, depois das 13h, “foram normalizadas as atividades de carregamento e transporte de combustíveis” [na Regap]. A unidade funciounou com horário estendido para equacionar o atendimento dos pedidos.

NAS BOMBAS Apesar de a safra da cana-de-açúcar estar prevista para começar somente em abril, o etanol apresentou queda de 2,2% entre a última semana de janeiro e a semana passada, segundo levantamento do site Mercado Mineiro. O preço médio do litro do combustível na Grande BH caiu de R$ 2,17 para R$ 2,12. Enquanto isso, a gasolina manteve seu valor médio estável, em R$ 2,75, segundo a pesquisa. Mesmo com esse cenário, ainda é vantajoso optar pelo derivado de petróleo na hora de abastecer.

A explicação para a queda pode ser atribuída, em parte, à falta de gasolina na véspera do Carnaval. Manutenção na Refinaria Gabriel Passos (Regap), obrigou distribuidoras a buscar combustível em unidades de refino de estados vizinhos e houve desabastecimento em alguns pontos de venda. Com isso, os donos de postos tiveram de baixar bruscamente o preço do etanol para forçar o cliente a optar pelo álcool. A redução chegou a R$ 0,20 em algumas bombas.


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