A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta quarta-feira, 29, que foram consumidos 36.224 gigawatts-hora (GWh) na rede elétrica em janeiro, uma alta de 1,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. O consumo das indústrias somou 14 48 mil GWh, um crescimento de apenas 0,1% sobre janeiro de 2011. O consumo das famílias caiu 0,3%, sempre na mesma comparação.
Já no setor de serviços a demanda cresceu 3,6%, uma taxa bem menor do que aquela que vinha sendo observada nos últimos tempos segundo a EPE. As informações constam da última edição da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, da EPE. Segundo a empresa, tanto o arrefecimento da produção industrial quanto o aumento da autoprodução de energia estão entre os principais motivos para a estagnação do consumo das indústrias.
A EPE atribuiu o crescimento relativamente baixo do consumo medido na baixa tensão (residências e comércio e serviços) às condições climáticas observadas no fim de 2011 e no início deste ano. Este verão registrou chuvas e temperaturas mais amenas em relação ao anterior, destacou a EPE em nota.
Projeção
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta crescimento de 4 5% no consumo de energia elétrica na rede em 2012, para 450 TWh. A estimativa é feita com base num crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% no ano. O destaque fica com o crescimento de 4 7% projetado para o consumo industrial. A EPE considera que existe margem para a ocupação de capacidade instalada de produção em alguns segmentos da indústria, especialmente na metalurgia básica. "Admite-se que tais níveis de ociosidade serão progressivamente reduzidos ao longo do ano", disse a instituição em seu relatório.
A Empresa de Pesquisa Energética também estima que as classes residencial (+4,5%) e comercial (+5,2%) continuem apresentando crescimentos significativos, como observado nos últimos anos. A alta deve ser resultado direto de avanços econômicos sustentados pelo sucesso de programas sociais do governo, pela redução dos níveis de desemprego e pelo aumento da renda média do trabalhador, que elevam o consumo de energia.