O desemprego na Espanha alcançou no fim de fevereiro um novo recorde, com mais de 4,7 milhões de pessoas sem emprego, anunciou nesta sexta-feira o ministério do Emprego, considerando que estes números justificam a reforma trabalhista em uma conjuntura econômica europeia complicada.
Este número de 4.712.098 de pessoas situa o desemprego em um novo recorde desde o início da crise de 2008 e da primeira difusão destas estatísticas mensais, em 1996
Em fevereiro, foram registrados 112.269 desempregados a mais, o que significa um aumento de 2,44% em relação ao mês de janeiro.
Sem seu motor econômico, a construção, o país deve voltar a cair em recessão no início de 2012 e tem a taxa de desemprego mais elevada dos países industrializados: segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que utiliza um método de cálculo diferente, esta taxa se situou em 22,85% no fim de 2011.
O governo de direita de Mariano Rajoy aprovou no dia 10 de fevereiro uma nova reforma para flexibilizar o mercado de trabalho, incluindo uma diminuição das indenizações por demissão e medidas para estimular o emprego de jovens, provocando uma onda de manifestações em todo o país.
O Banco da Espanha, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, preocupados por um desemprego galopante na Espanha, convocaram o país a reformar o quanto antes seu mercado de trabalho, considerado muito rígido.