Um problema no sistema de check-in da companhia aérea TAM está provocando atrasos no embarque de passageiros nos principais aeroportos do país. Por volta das 11h, as filas ainda eram gigantes. Segundo balanço da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), entre os 308 voos domésticos programados pela companhia para decolar entre as 10h e 11h, 14 foram cancelados e 93 registraram atrasos de mais de meia hora. Já entre as 14 decolagens internacionais previstas para o período, quatro sofreram alteração de horário e nenhum foi cancelado. Em nota, a TAM afirma estar prestando toda a assistência aos clientes e lamenta os inconvenientes causados pela situação.
Diferentemente dos aeroportos de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, Galeão (RJ), Recife (PE) e no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, onde os passageiros enfrentam longas filas, no Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, o movimento no entorno dos balcões seguia sem grandes filas. O último boletim informa que dos 58 voos domésticos programados no terminal, quatro registraram atrasos e dois haviam sido cancelados. Na Pampulha, dos 13 voos, apenas um foi cancelado.
A falha aconteceu por volta das 6h desta sexta-feira. Desde então, o preenchimento dos cartões de embarque e etiquetas de bagagens está sendo feito de forma manual, o que já causou atrasos em 79 voos da companhia. A TAM informou em nota que houve um problema no link de conexão da Sita (provedora de tecnologia) com o sistema de check-in da empresa, o que impossibilitou a impressão dos cartões e etiquetas. O problema atinge o sistema da companhia em todos os locais em que ela opera, inclusive em 20 aeroportos no exterior. Técnicos da empresa estão trabalhando para solucionar a falha, porém, ainda não existe uma previsão de normalização das operações.
Os passageiros encontravam disponibilidade apenas no serviço Web Check-in da empresa, que está funcionando normalmente, segundo a TAM. A companhia orienta os passageiros a realizarem o check-in pelo site da empresa (www.tam.com.br), antes de se dirigirem aos aeroportos.
Reclamações
De acordo com o diretor de fiscalização do Procon, Renan Ferraciolli, os passageiros prejudicados com o atraso têm alguns direitos que devem ser cumpridos pela empresa aérea. "Entre eles está o direito à informação sobre o que está ocorrendo, inclusive por escrito, se o consumidor solicitar", explica Renan.
A legislação prevê, segundo Renan, que a empresa aérea forneça ao passageiro facilidades de comunicação, com ligações gratuitas quando o atraso for de mais de uma hora. Quando o problema ultrapassar duas horas, o passageiro terá o direito à alimentação adequada e quando o atraso persistir mais de quatro horas, o passageiro terá direito à acomodação em local adequado, traslados e quando necessário serviços de hospedagem.
"Quando o atraso passar das quatro horas, o consumidor também poderá pedir o reembolso integral pago pelo bilhete e pelas tarifas, caso desista da viagem. Ele pode também pleitear a indenização pela Justiça", confirma Renan. "Caso a empresa não cumprir o determinado, o consumidor deve procurar o PROCON e a Anac para exigir seus direitos", conclui.
Segundo Renan, agentes do Procon estão no Aeroporto de Congonhas onde o número de voos da TAM é maior em São Paulo, fiscalizando a situação para determinar quais providências serão tomadas contra a companhia área. (Com agências)