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Estado de Minas

Check-in da TAM volta ao normal após horas de pane e transtornos nos aeroportos

Anac pode suspender venda de bilhetes da companhia aérea para evitar mais transtornos aos passageiros


postado em 02/03/2012 12:43 / atualizado em 02/03/2012 13:24

O sistema de check-in da empresa aérea TAM voltou ao normal por volta das 12 horas desta sexta-feira, após permanecer com problemas durante toda a manhã, gerando enormes filas nos principais aeroportos do país. Segundo a TAM, a pane no sistema impediu a impressão dos cartões de embarque e das etiquetas das bagagens, que foi feita manualmente desde o começo da manhã.

Segundo balanço da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), entre os 348 voos domésticos programados pela companhia para decolar até as 12h, 16 foram cancelados e 96 registraram atrasos de mais de meia hora e outros 24 estavam atrasados até o horário. Já entre as 18 decolagens internacionais não houve alterações no período.

Diferentemente dos aeroportos de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, Galeão (RJ), Recife (PE) e no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, onde os passageiros enfrentaram longas filas, no Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, o movimento no entorno dos balcões seguia sem grandes filas. O último boletim informa que dos 68 voos domésticos programados no terminal, cinco registraram atrasos e dois haviam sido cancelados. Na Pampulha, dos 16 voos, apenas um foi cancelado.

A falha aconteceu por volta das 6h desta sexta-feira. Desde então, o preenchimento dos cartões de embarque e etiquetas de bagagens estava sendo feito de forma manual. A TAM informou em nota que houve um problema no link de conexão da Sita (provedora de tecnologia) com o sistema de check-in da empresa, o que impossibilitou a impressão dos cartões e etiquetas. O problema atinge o sistema da companhia em todos os locais em que ela opera, inclusive em 20 aeroportos no exterior.

Os passageiros encontravam disponibilidade apenas no serviço Web Check-in da empresa, que está funcionando normalmente, segundo a TAM. A companhia orientou os passageiros a realizarem o check-in pelo site da empresa (www.tam.com.br), antes de se dirigirem aos aeroportos.

Anac pode suspender vendas

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai pedir esclarecimentos à diretoria da companhia aérea TAM a respeito dos problemas apresentados durante a manhã de hoje. Uma reunião está marcada para a próxima segunda-feira, 5.

Em nota divulgada no fim da manhã, a Anac afirma que reforçou suas equipes nos principais aeroportos para verificar a prestação de assistência pela TAM aos passageiros, podendo determinar a suspensão da comercialização de passagens pela TAM para evitar mais transtornos aos passageiros. De acordo com a nota, a Anac vai instaurar processo administrativo para apurar os fatos, que poderá culminar na aplicação de penalidades.

Reclamações


De acordo com o diretor de fiscalização do Procon, Renan Ferraciolli, os passageiros prejudicados com o atraso têm alguns direitos que devem ser cumpridos pela empresa aérea. "Entre eles está o direito à informação sobre o que está ocorrendo, inclusive por escrito, se o consumidor solicitar", explica Renan.

A legislação prevê, segundo Renan, que a empresa aérea forneça ao passageiro facilidades de comunicação, com ligações gratuitas quando o atraso for de mais de uma hora. Quando o problema ultrapassar duas horas, o passageiro terá o direito à alimentação adequada e quando o atraso persistir mais de quatro horas, o passageiro terá direito à acomodação em local adequado, traslados e quando necessário serviços de hospedagem.

"Quando o atraso passar das quatro horas, o consumidor também poderá pedir o reembolso integral pago pelo bilhete e pelas tarifas, caso desista da viagem. Ele pode também pleitear a indenização pela Justiça", confirma Renan. "Caso a empresa não cumprir o determinado, o consumidor deve procurar o PROCON e a Anac para exigir seus direitos", conclui.

Segundo Renan, agentes do Procon estão no Aeroporto de Congonhas onde o número de voos da TAM é maior em São Paulo, fiscalizando a situação para determinar quais providências serão tomadas contra a companhia área. (Com agências)


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