A chefe do governo alemão, Angela Merkel, considerou nesta segunda-feira que, se o Brasil está preocupado com o "tsunami monetário" desencadeado na Europa pela crise, os países desenvolvidos estão preocupados com as "medidas protecionistas". Na última quinta-feira, A presidente Dilma Rousseff assegurou que o governo não se intimidará na luta para conter o derretimento do dólar ante o real. Dilma havia classificado a injeção de mais de US$ 5 trilhões feita pelos países ricos nos últimos meses na economia como um “tsunami financeiro”.
Dirigindo-se à presidente brasileira, convidada para a inauguração da feira de alta tecnologia Cebit de Hannover (noroeste), Angela Merkel declarou: "Discutiremos a crise e as preocupações que cada um tem. A presidente falou de um 'tsunami de liquidez' que a preocupa. Da nossa parte, olhamos para onde estão as medidas protecionistas".
Dilma classificou a injeção de mais de US$ 5 trilhões feita pelos países ricos nos últimos meses na economia como um “tsunami financeiro”. A crítica ganhou força diante da decisão do Banco Central Europeu (BCE), na quarta-feira, de emprestar 529,5 bilhões de euros a 800 bancos do continente. O objetivo foi incentivar o crédito, reduzir o risco de calote dos países mergulhados na crise e conter a recessão. Com isso, os recursos despejados pelo BCE chegaram a 1 trilhão de euros em pouco mais de dois meses, o que provocou forte valorização do real neste período.
O Brasil tomou, por exemplo, em setembro a decisão de aumentar as taxas aos veículos importados. "Estamos preocupados com este tsunami monetário que os países desenvolvidos causam", declarou Dilma na quinta passada em um discurso diante de empresários e líderes sindicais. Dilma acusou os países desenvolvidos de praticarem uma política monetária “absolutamente inconsequente” sob o ponto de vista dos efeitos gerados nos mercados internacionais. “Nós teremos de criar outros instrumentos de combate aos processos que vão ser desencadeados com US$ 4,7 trilhões (volume despejado na economia desde 2008)”, declarou a presidente ressaltando que a injeção desses recursos traz consequências perversas, sobretudo aos países em crescimento. “Nós sabemos que, hoje, as condições de concorrência são adversas. Não porque a indústria brasileira não seja produtiva, não porque o trabalhador brasileiro não seja produtivo, mas porque tem uma guerra cambial que cria condições desiguais”, emendou.
A chefe de Estado brasileira lamentou que os países ricos respondam à crise rebaixando o custo do crédito e mantendo taxas de juros baixas. Segundo ela, esse capital barato chega ao Brasil, cuja moeda é forte e as taxas de juros elevadas. O Brasil estima que esta "guerra de moedas" encareça seus produtos e diminui os preços dos que vêm da Europa ou Estados Unidos.
Dirigindo-se à presidente brasileira, convidada para a inauguração da feira de alta tecnologia Cebit de Hannover (noroeste), Angela Merkel declarou: "Discutiremos a crise e as preocupações que cada um tem. A presidente falou de um 'tsunami de liquidez' que a preocupa. Da nossa parte, olhamos para onde estão as medidas protecionistas".
Dilma classificou a injeção de mais de US$ 5 trilhões feita pelos países ricos nos últimos meses na economia como um “tsunami financeiro”. A crítica ganhou força diante da decisão do Banco Central Europeu (BCE), na quarta-feira, de emprestar 529,5 bilhões de euros a 800 bancos do continente. O objetivo foi incentivar o crédito, reduzir o risco de calote dos países mergulhados na crise e conter a recessão. Com isso, os recursos despejados pelo BCE chegaram a 1 trilhão de euros em pouco mais de dois meses, o que provocou forte valorização do real neste período.
O Brasil tomou, por exemplo, em setembro a decisão de aumentar as taxas aos veículos importados. "Estamos preocupados com este tsunami monetário que os países desenvolvidos causam", declarou Dilma na quinta passada em um discurso diante de empresários e líderes sindicais. Dilma acusou os países desenvolvidos de praticarem uma política monetária “absolutamente inconsequente” sob o ponto de vista dos efeitos gerados nos mercados internacionais. “Nós teremos de criar outros instrumentos de combate aos processos que vão ser desencadeados com US$ 4,7 trilhões (volume despejado na economia desde 2008)”, declarou a presidente ressaltando que a injeção desses recursos traz consequências perversas, sobretudo aos países em crescimento. “Nós sabemos que, hoje, as condições de concorrência são adversas. Não porque a indústria brasileira não seja produtiva, não porque o trabalhador brasileiro não seja produtivo, mas porque tem uma guerra cambial que cria condições desiguais”, emendou.
A chefe de Estado brasileira lamentou que os países ricos respondam à crise rebaixando o custo do crédito e mantendo taxas de juros baixas. Segundo ela, esse capital barato chega ao Brasil, cuja moeda é forte e as taxas de juros elevadas. O Brasil estima que esta "guerra de moedas" encareça seus produtos e diminui os preços dos que vêm da Europa ou Estados Unidos.