Apesar da queda de 2,1% na produção nacional em janeiro ante dezembro - o pior resultado desde dezembro de 2008, quando houve recuo de 12,2% - a indústria segue com um comportamento moderado na avaliação do gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Os principais motivos que levaram à redução na produção seriam pontuais, e não devem persistir em fevereiro.
"O recuo na produção de veículos automotores e das atividades extrativas dá mais ou menos a explicação para a magnitude dessa queda", explicou Macedo, citando a paralisação de caráter excepcional na produção de caminhões e a ocorrência de chuvas fortes em Minas Gerais que prejudicaram a extração de minério de ferro. "Mas se você observa a indústria como um todo, há um comportamento mais moderado. Você tem quase a mesma quantidade de atividades em expansão e em queda."
Macedo defende que, naquela ocasião, houve de fato influência da crise, mas que não há razões para uma comparação entre a situação da indústria em 2008 e o recuo logo no primeiro mês de 2012. "São dois momentos bem distintos, não são comparáveis. Muito dessa queda agora (janeiro de 2012) foi devido a fatores pontuais", afirmou o gerente do IBGE. "Precisamos esperar a leitura de fevereiro para entender que rumo a indústria está tomando."