A empresa MPX, do magnata brasileiro Eike Batista, afirmou que a gigantesca termelétrica Castilla, que pretende construir no Chile e que foi suspensa por uma Corte local, "cumpre todas as normas ambientais" e que, portanto, recorrerá a decisão judicial. "A MPX reitera que o projeto cumpre plenamente com todas as normas ambientais vigentes e que recorrerá da decisão na Suprema Corte do Chile", informou a empresa em um comunicado ao mercado e enviado à AFP.
A Corte de Apelações da província do Antofagasta (norte do Chile) suspendeu por questões legais a autorização ambiental que aprovava a construção da central termelétrica de Castilla, a maior da América do Sul.
O tribunal chileno aceitou um recurso de proteção apresentado por moradores e pescadores de Totoral, a área da futura central, e considerou "ilegal" a classificação ambiental que permitiu a construção, que em várias ocasiões mudou a qualificação de "poluente" para "incômoda".
"Castilla está entre os primeiros projetos térmicos" que cumprem com "os novos requisitos de emissões recentemente estabelecidos pelo governo chileno, equivalentes às mais exigentes regras e restrições europeias", destaca a empresa brasileira.
A empresa acrescentou que o investimento em controle ambiental vai ultrapassar US$ 1 bilhão. A central de Castilla, 80 km ao sul de Copiapó, a capital regional, demandará um investimento de US$ 4,4 bilhões de Eike Batista. O objetivo é gerar 2.100 MW a base de carvão, mais 254 MW em usinas adjuntas com o uso de diesel.
Segundo grupos ambientalistas, a termelétrica ameaça a extraordinária biodiversidade de Punta Cachos, que abriga colônias de tartarugas marinhas, populações de pinguins e lobos-marinhos, entre outros.
O empresário brasileiro Eike Batista acaba de alcançar o sétimo lugar no ranking dos mais ricos do mundo, com US$ 30 bilhões, segundo a lista Forbes divulgada na quarta-feira. "É uma honra, estou contente por investir, gerar riqueza e empregos no Brasil", reagiu Eike. Em declarações divulgadas pela imprensa, afirmou que aspira ser o mais rico do mundo até 2016.