Um total de seis consórcios e oito empresas se cadastraram para disputar os cinco lotes do leilão de transmissão que será realizado amanhã, na BM&FBovespa, em São Paulo. Entre as empresas inscritas individualmente para participar da licitação estão Abengoa, Alupar, Elecnor, Isolux, Neoenergia e as subsidiárias da Eletrobras Chesf, Furnas e Eletronorte.
As empresas do grupo Eletrobras também estão presentes em dois consórcios. Furnas e Eletrosul participam do Consórcio Marimbondo, com 27% e 22%, respectivamente, enquanto a Alupar possui os 51% restantes. Já a Eletronorte e a Chesf participam do Consórcio Transmissão Teles Pires, com fatias de 27% e 22%, respectivamente, enquanto os 51% restantes ficam com a Cteep (25 5%) e a Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) (25,5%) na qual a Cemig tem 56% de participação.
A Copel fechou dois consórcios com a chinesa State Grid, o Guaraciaba e o Sino-Copeliano. Em ambos, a estatal paranaense possui 49% e a empresa chinesa detém os demais 51%. Completam a lista o Consórcio Paranaíta (Bimetal Energia (80%) e Engeglobal Construções (22%)) e o Consórcio Sudoeste Goiano Transmissora (Celg (49%) e FR Incorporadora (51%))
Serão leiloados cinco lotes com oito linhas de transmissão, com total de 1.709 quilômetros (km), e sete subestações com 1.710 mega-volt-amperes (MVA) de potência, sendo os lotes A e B correspondentes ao sistema de interconexão das usinas previstas para o Rio Teles Pires.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os empreendimentos deverão demandar R$ 2,9 bilhões em investimentos com geração de 11,6 mil empregos diretos. O prazo das obras vai variar de 18 a 32 meses. A Receita Anual Permitida máxima prevista pelo regulador para todos os lotes é de R$ 363,9 milhões, valor que deverá cair com a disputa no leilão. As instalações de transmissão serão construídas em seis estados brasileiros: Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.