O custo da cesta básica - cesta alimentar mínima necessária para uma pessoa adulta - em Belo Horizonte foi de R$ 264,28 no mês de janeiro de 2012. Com relação ao mês anterior houve queda de 1,41% e, em relação a fevereiro de 2010, um aumento de 7,16%.
O trabalhador que ganha o salário mínimo recebeu R$ 572,24 após os descontos da parcela referente ao INSS sobre o valor bruto de R$ 622,00. Gastou, portanto, 46,18% do seu rendimento líquido para adquirir integralmente a alimentação mínima necessária estabelecida pelo governo, para o seu próprio sustento (sem falar no de sua família e nas demais despesas de seu orçamento familiar).
Para comprar a alimentação mínima necessária esse trabalhador precisou trabalhar, em fevereiro de 2012, 93 horas e 29 minutos, contra 100 horas e 29 minutos, em fevereiro de 2011. Levando-se em conta uma pequena família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças e supondo-se que as duas crianças consomem o equivalente a um adulto, o trabalhador belorizontino gastou R$ 792,84 somente para cobrir a despesa mínima familiar com alimentação.
Com base no custo da “Ração Essencial” das diversas capitais pesquisadas e considerando-se ainda o peso das demais despesas no orçamento familiar, o DIEESE estima, mensalmente, o valor necessário para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, conforme assegura o art. 7º, item IV da Constituição Federal. Para atender esse preceito constitucional, o salário mínimo necessário, em fevereiro de 2012, teria que ser de R$ 2.323,21.