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Estado de Minas

Bolsa de Tóquio sobe 1,7% com iene e inflação chinesa


postado em 09/03/2012 08:10

A Bolsa de Tóquio fechou em forte elevação nesta sexta-feira. A desvalorização do iene, os amigáveis números da inflação chinesa e uma robusta cobertura de vendas a descoberto fizeram o índice Nikkei superar temporariamente a marca dos 10 mil pontos pela primeira vez desde agosto de 2011, com exportadoras importantes como Toyota Motor e Sony apresentando pesados ganhos.

O Nikkei adicionou 160,78 pontos, ou 1,7%, e terminou aos 9.929,74 pontos, após alta de 2% na sessão de quinta-feira - foi o maior fechamento desde 1º de agosto. Já o volume de negociações atingiu o recorde anual de 3,48 bilhões de ações, devido ao término e à rolagem dos contratos de opções mensal e os contratos futuros trimestrais.

O enfraquecimento do iene, por conta da flexibilização das tensões sobre um desenvolvimento positivo da crise fiscal da Grécia, ajudou os principais índices desde o início do pregão, enquanto os números benignos da inflação na China, anunciados durante a sessão da manhã, acrescentaram ainda mais otimismo para o sentimento dos investidores.

O Nikkei quebrou a barreira dos 10 mil pontos no final da sessão, mas não permaneceu nesse patamar por muito tempo. A disparada do índice ocorreu devido à quantidade de produtos estruturados com preços de exercício ao redor de 10 mil pontos e à consequente pressão na cobertura de posições, afirmou Mattia Ciancaleoni, diretor de vendas de equity do Citigroup Global Markets Japan.

"Isso significa que o aumento até 10 mil pontos foi muito rápido. E à medida que o índice se aproximou dos 10 mil pontos, os players correram para cobrir (as posições), o que estimulou mais compras", explicou o analista. Ciancaleoni advertiu contra o fato de interpretar este movimento como um reflexo de, por exemplo, qualquer recente visão altista da economia japonesa.

Já o analista técnico sênior Yutaka Miura, da Mizuho Securities, afirmou que o Nikkei poderá fazer uma pausa de curto prazo na próxima semana, pois o índice está supercomprado depois de adicionar 3,7% nas duas últimas sessões.


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