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Estado de Minas

Acordo na Grécia não alivia bolsa

Dúvidas sobre reestruturação da dívida grega derrubam a Bovespa, apesar de o risco de calote do país ser afastado


postado em 10/03/2012 06:00 / atualizado em 10/03/2012 07:14

São Paulo – Apesar das boas notícias no mercado internacional no início da manhã, uma com o acordo da dívida da Grécia e outra com a criação de 227 mil empregos nos Estados Unidos, a Bovespa fechou em baixa. O Ibovespa encerrou nessa sexta-feira em queda de 0,31%, aos 66.703,96 pontos. Na semana, o índice acumulou perda de 1,59%. No mês, contudo, a bolsa apresenta valorização de 1,36% e, no ano, +17,53%. Na mínima, o Ibovespa teve baixa de 66.679 pontos (-0,34%). O giro financeiro atingiu R$ 6,512 bilhões.

Isso aconteceu porque, no fim da tarde dessa sexta-feira, a Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA, na sigla em inglês) decidiu por unanimidade que ocorreu um evento de reestruturação de crédito após a ativação das cláusulas de ação coletiva (CACs) para a Grécia. Na prática, isso significa que os credores que possuem bônus emitidos pela lei grega e que não aceitaram a troca de dívida espontaneamente serão obrigados a aderir à operação. A notícia levou os índices acionários em Nova York a reduzirem os ganhos e empurrou a bolsa doméstica para o vermelho.

O plano de reestruturação da dívida soberana do país foi anunciado pelo governo da Grécia na madrugada dessa sexta-feira, com a adesão de 95,7% de seus credores. Segundo o Ministério das Finanças, os proprietários de bônus da dívida grega - donos de um montante avaliado em 172 bilhões de euros - aceitaram a troca, que corresponderá a 83,5% dos 206 bilhões de euros da dívida pública que está nas mãos de investidores privados (bancos, seguradoras e fundos de investimento).

A Grécia precisava da participação de pelo menos dois terços de seus credores para realizar a troca dos bônus atuais por outros depreciados, na maior reestruturação de dívida soberana de sua história. Essa troca é considerada essencial para que a Grécia evite um calote descontrolado e salva o país da moratória, já que ela permitirá a Atenas pagar os 14,4 bilhões em obrigações que vencem no dia 20 de março.

A reestrutuação funciona da seguinte forma: Para cada 100 euros de dívida, a Grécia pretende oferecer novos títulos no valor de 46,5 euros e os investidores teriam que renunciar ao resto. Com isso, eles devem receber dois tipos de diplomas: um emitido pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) por 15% do valor inicial e outros títulos emitidos pela Grécia por 31,5% do valor inicial, de modo que os detentores da dívida privada perderão 53,5% de seu investimento.

EUA Nos Estados Unidos, uma ótima notícia. O Departamento de Trabalho do país registrou a criação de 227 mil empregos em fevereiro, ante 284 mil em janeiro (dado revisado). A taxa de desemprego ficou em 8,3%, assim como no mês anterior. Economistas do setor financeiro projetavam a criação de 209 mil vagas para fevereiro. No mesmo mês do ano passado, o órgão do governo norte-americano havia contabilizado a geração de 220 mil vagas. Somente o setor manufatureiro foi responsável pela abertura de 31 mil postos de trabalho em fevereiro.


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