Sustentados pelo crescimento da renda e pela escassez de trabalhadores, os preços dos serviços influenciados principalmente pelo custo da mão de obra, como os prestados por pedreiros, cabeleireiros e médicos, entre outros, subiram entre julho de 2011 e fevereiro deste ano num ritmo que foi o dobro da inflação geral acumulada na cidade de São Paulo nesse período. Os preços dos serviços são a principal ameaça para a inflação em 2012, concordam os economistas.
Em oito meses até fevereiro, os preços dos serviços intensivos em trabalho acumularam alta de 6,4%, enquanto a inflação geral ao consumidor, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 3,2%, aponta a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
A variação dos serviços intensivos em mão de obra também superou em quase 2 pontos porcentuais a alta do Índice Geral de Serviços (IGS) de 4,6% no mesmo período. O IGS é um novo recorte do IPC, que começou a ser apurado pela Fipe a partir de julho de 2011. Esse índice mede a variação dos preços de todos os serviços, reunidos em dois grupos: os intensivos em trabalho e os administrados, como água, luz e tarifa de ônibus. Os dados da Fipe mostram que em oito meses até fevereiro os preços dos serviços administrados subiram 2,2%, cerca de um terço da alta dos intensivos em mão de obra.
O lanche lidera a lista dos serviços intensivos em mão de obra que mais subiram. Ele ficou 15,8% mais caro entre julho de 2011 e fevereiro, seguido pela diária do encanador (11,5%), consulta médica (9,3%) e lavagem de veículo (8,4%).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.