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Estado de Minas

Indústria e comércio vão contratar 71,5 mil empregados para a Páscoa no país

Cerca de 8,5 mil devem ser efetivados


postado em 13/03/2012 06:00 / atualizado em 13/03/2012 07:46

Tão boa quanto sentir o chocolate derreter na boca é a sensação de conseguir um emprego com carteira assinada. Embalados pelas vendas de ovos de Páscoa, que devem crescer 10% em relação ao mesmo período de 2011, a indústria e o comércio vão contratar 71,5 mil trabalhadores para atender a demanda da estação mais açucarada do ano. Minas deve ficar com 11% dessa fatia. O trabalho temporário é a chance de o aspirante a uma vaga conquistar o posto no longo prazo. Segundo estudo divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), a expectativa é de que a cadeia do chocolate efetive 8,5 mil trabalhadores brasileiros nesta Páscoa.

A indústria, que desde o fim do ano passado disparou o gatilho das contratações, procura de promotores de vendas a operadores de máquinas. Em outra ponta o comércio abre vagas principalmente para balconista, vendedor, degustador, demonstrador e repositor. Do total de vagas, a indústria vai absorver 60% da mão de obra.

Cerca de 26 mil trabalhadores já foram contratados pelas linhas de produção, mas ainda há espaço para outros 17 mil. Kênia Verdiana Batista está nessa lista. Em novembro do ano passado ela se tornou aprendiz do que descreve como um “incrível e prazeroso” trabalho de moldar ovos de páscoa. A atividade na indústria de chocolate foi uma novidade para Kênia, que aos 25 anos ainda não havia experimentado nada parecido. Ela aprendeu rápido. “Entrei como temporária, mas vou ficar. Minha carteira já foi assinada”, comemora. Kenia observa que o trabalho não é complicado, mas diz é preciso empenho e uma dose de talento. “Pretendo agora fazer cursos para me aperfeiçoar na área”, planeja.

Estimativas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) apontam que este ano o comércio vai crescer entre 5% e 8% durante a Páscoa. Já a Associação Mineira dos Supermercados (Amis) informam que só a venda de ovos de Páscoa e chocolates, deve avançar 10% em relação a 2011, no setor.

Kênia Batista comemora a oportunidade de emprego
Kênia Batista comemora a oportunidade de emprego "incrível e prazerosa" (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A fábrica Qoy Chocolates produz em Belo Horizonte a iguaria que abastece oitos lojas, distribuídas por Minas e São Paulo. Somente a indústria tem 30 funcionários e nessa temporada contratou 5% mais do que em 2010. Tudo para atender a demanda do comércio. Segundo a diretora comercial da Qoy, Flávia Tavares, contratar se tornou um desafio do mercado. A empresa ainda tem cerca de quatro vagas abertas. “No nosso caso não há mão de obra especializada. Nós ensinamos o trabalho, é preciso boa vontade para aprender.” Segundo ela, como a marca que é uma franquia em expansão é grande a chance dos temporários serem efetivados.

Seleção

Segundo José Carlos Teixeira, diretor regional da Asserttem em Minas, no país o comércio vai gerar 28,5 mil vagas até a segunda quinzena de março, sendo que deste total pelo menos 23 mil estão em pleno processo de seleção. O especialista em mercado de trabalho e professor do Ibmec João Bonomo alerta que as vagas sazonais são oportunidade mesmo para aqueles que eventualmente não forem efetivados. “As empresas trabalham com bancos de dados curriculares para contratações posteriores.” O especialista também aponta que em épocas de busca por profissionais com bom desempenho a idade não define quem será o dono da vaga, abrindo oportunidades para o primeiro emprego e para os mais velhos. “Para conquistar o emprego é preciso disposição e garra.”

Cristiane Silva conseguiu a vaga como embaladora e aproveitou a experiência (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Cristiane Silva conseguiu a vaga como embaladora e aproveitou a experiência (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Aos 45 anos Cristiane Silva está em seu quarto emprego. Depois de dois meses buscando uma colocação no mercado de trabalho, ela conseguiu vaga como embaladora no comércio de chocolates e agora vive a expectativa da contratação. “Aprendi o trabalho e gostei da experiência, mas ainda não sei se vou continuar depois da Páscoa.”

 Para driblar a falta de mão de obra tanto o comércio quanto a indústria se dedicam a ensinar a profissão para os novos funcionários, que nem sempre se interessam pelo ofício. “Está difícil conseguir e manter a mão de obra”, comenta Vanessa Maria Campos, sócia-gerente da Maria Chocolate, há 22 anos especializada na venda de matéria-prima para fabricação dos produtos artesanais. A empresa que tem 34 funcionários contratou um reforço de cinco empregados para suprir o crescimento de 15% esperado para esta Páscoa.


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