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Estado de Minas

Espanha mira na saúde e educação

Cortes nos setores fazem parte da medida de austeridade adotada pelo país para poupar cerca de 30 bilhões de euros


postado em 13/03/2012 06:00 / atualizado em 13/03/2012 06:40

Madri, Roma e Atenas – Medidas de austeridade já começam assombrar alguns países da Zona do Euro, como a Espanha, com cortes econômicos, a Itália, que apresentou queda de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), e a Grécia, que começou a negociar com descontos os preços dos novos bônus do governo. Na Espanha, o novo governo de centro-direita iniciará suas mais sensíveis medidas de austeridade até agora – cortes de gastos em saúde e educação nas regiões autônomas do país –, assim que transpuser o obstáculo de uma eleição local no final de março. Cortes em serviços sociais devem deflagrar mais protestos de rua, uma vez que a Espanha luta para poupar pelo menos 30 bilhões de euros este ano para atingir as duras metas europeias de redução de déficit, enquanto a economia encolhe e quase um entre quatro espanhóis estão desempregados.

Até agora, o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, anunciou uma redução de 40% em infraestrutura e outros investimentos, um corte de 12% em gastos dos ministérios do governo central e cortes acima de 30% em dispensas temporárias de empregados e salários em empresas públicas. Agora, estão na linha de fogo os orçamentos controlados pelas 17 regiões autônomas, que incluem universidades públicas de baixo custo e sistemas de saúde universais de alta qualidade

Um congressista do Partido do Povo, que não quis ser identificado, disse que os planos do governo para aprovar reformas em abril darão a líderes regionais o poder de aumentar as taxas universitárias ou cobrar taxas conhecidas como copagamentos para visitas dos médicos. Ele disse que a reforma do mercado de trabalho decretada em fevereiro já deu aos líderes regionais o poder de dispensas temporárias coletivas de empregados do setor público que não são servidores públicos, como professores, por exemplo.

Já a Itália, a terceira economia da Zona do Euro, registrou uma retração de 0,7% do PIB, o segundo trimestre consecutivo de crescimento negativo, impulsionado pela redução na demanda interna, com queda nas importações em 2,5%, em relação ao trimestre anterior, e de 0,7% no consumo, além de -2,4% nos investimentos, segundo o Instituto de Estatísca (Istat) do país. Com esse cenário, o governo italiano prevê, para este ano, uma retração do PIB de 0,4%.

Bônus grego Os preços dos novos bônus do governo grego abriram nessa segunda-feira a negociação com enormes descontos. Segundo os preços na Tradeweb, a nova série de bônus do governo grego era cotada em torno de 22% e 26% do valor de face. Sob os termos da troca de dívida, os investidores do setor privado trocarão seus bônus antigos por novos com menos da metade de seu valor de face, juros nominais mais baixos e vencimentos mais longos, dando efetivamente uma baixa contábil de 105 bilhões de euros em títulos gregos que detêm.

E depois de ampla participação dos credores privados na operação de troca de bônus, Jean Claude Juncker, chefe do Eurogrupo, afirmou que a proporção da dívida cairá para 117% do PIB em 2020, melhor que a meta proposta pela Zona do Euro, de 120%.


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